11Tem sido cada vez mais comum, bons católicos debaterem nas redes sociais sobre diversos temas, entre eles: moral, politica, leis, ciência, sexualidade, etc. Outros ainda procuram espaços onde possam ser orientados e aconselhados sobre diversos conflitos e dúvidas: vocacionais, profissionais, fraternas, familiares, afetivas, conjugais, religiosas, etc.
A capacidade de discernimento é um grande dom dado por Deus a nós seres humanos. O cristão, além das faculdades da razão, sensibilidade, memória, criatividade, etc., conta também com a graça de Deus. Ele faz uso dessa graça mergulhando de modo assíduo na oração, na leitura atenta das Escrituras e nos ensinamentos do Magistério da Igreja. Além disso, procura conhecer e aprofundar boas leituras que possam contribuir no desenvolvimento sadio dos aspectos do seu ser, entre eles: a racionalidade, a afetividade, a sexualidade, a espiritualidade, o intelecto, etc.
Nesse texto, gostaria de refletir com você um pouco mais sobre o dom do discernimento. Desejo que ele possa lançar luzes sobre suas reflexões, ajudando-lhe a fazer escolhas mais virtuosas e certeiras na vida.
Quis dar a Deus menos do que Ele me pedia
Há pessoas que quando vão discernir e tomar decisões, infelizmente, focam naquilo que dará mais prazer e resultados imediatos. Na maioria das vezes, confundem o melhor com o mais fácil e confortável. Pessoas assim ficam cegas e desorientadas em seus discernimentos rotineiros ou mesmo nos fundamentais da vida. Normalmente, não sabem lidar com medo, sacrifício, muito menos com eventuais decepções.
Quis dar a Deus mais do que Ele me pedia
Entre os equivocados, temos ainda aqueles que, bem-intencionados, se esforçam para dar a Deus mais do que Ele está pedindo. Gosto de lembrar a esses corações que o Senhor os conhece e sabe exatamente o que pode e o que não pode pedir a eles.
Quis dar a Deus exatamente o que Ele pedia
Existe, por fim, o bom discernimento. Este me fará descobrir e abraçar exatamente o que Deus deseja para mim, nem mais, nem menos. Esta deve ser a postura de busca interior que devemos ter nas atividades diárias. Como posso amar e servir a Deus aqui, nessa circunstância? O que Ele espera de mim? Como posso amá-lo aqui e agora?
Gostaria de concluir lembrando que Deus sabe exatamente o que Ele deve e não deve pedir a você em cada momento da vida. Suas reivindicações amorosas estão associadas exatamente à graça que Ele deseja operar e à virtude que Ele deseja forjar em nós. Não tenho a pretensão de esgotar a temática do discernimento, mas espero ter dado a você pistas sobre esse bendito exercício espiritual.
Deus abençoe sempre você, Shalom!
Por Rodrigo Santos
Leia também