“Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã”. São sentimentos como a solidão em alguns momentos na adolescência. Tempo de descobertas, primeiros namoros e uma noção básica do que está por vir na vida adulta, principalmente nas dificuldades de se relacionar com os pais. Aí pensam: “tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar”.
Atordoados, dando passos no escuro, eles começam a achar que não vale a pena. E a dor só aumenta. Sozinhos se isolam na incompreensão do mundo e cantam “tem gente enganando a gente. Veja nossa vida como está”.
No entanto, não estão sozinhos. Faz parte da vivência humana essa transição pessoal na juventude, “mas é claro que o sol, vai voltar amanhã, mais uma vez, eu sei”, se consolam, mesmo com tantas inconstâncias, imediatismos e medos.
Todos, sem exceção, somos solitários, de certa forma independente da idade. “Mas eu sei que um dia a gente aprende”. Aprende sim! Que somente dando-se ao outro e sendo útil ao próximo a solidão já não aparece mais com tanta intensidade como antes. Experimente! “Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo” e saia do comodismo e do “venha a nós”, todo instante.
Saiba que alguém espera por você ou de algo que parta de sua entrega pois “quem acredita sempre alcança” e entende que a solidão se torna diferente quando enfim resolve amadurecer sendo mais você, atendendo a expectativa do outro no serviço e também na procura de encontrar a companhia necessária com as pessoas certas.
Pode até parecer loucura ou falta de amor próprio, mas, no entanto, servir é um ato de amor e “o maior entre vocês deverá ser servo” (Mat 23,11).
Ânimo! Sirva, levante-se, saia da solidão e seja feliz!
“Mas é claro que o sol vai voltar amanhã”