Eu me chamo Anderson Ferreira e moro em Fortaleza. Tenho 34 anos, sou casado com Regina e temos duas filhas: Letycia (11 anos) e Maria Lyvia (3 anos). Em 2009, eu estava vivendo o momento mais crítico da minha vida. Estava entregue às drogas, mais especificamente ao crack, e já havia dois anos que eu tinha abandonado minha esposa e minha filha Letycia. Era o ápice de uma história que havia começado quando eu experimentei a maconha, aos 11 anos de idade.
Foi então que aceitei o convite de minha mãe de participar da missa de quinta-feira no Centro de Evangelização Shalom da Paz, celebrada pelo padre Antonio Furtado, missionário da Comunidade Shalom. Nessa noite, foi lançada a Campanha Vida Quero Mais. Esse foi meu primeiro contato com a Promoção Humana Shalom e o Projeto Volta Israel, no qual eu busquei tratamento.
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Passei oito meses residindo na casa de recuperação Renata Couras, do Projeto Volta Israel em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. Duas coisas eram mais desafiantes: a saudade da família e o desejo de viver minha liberdade lá fora. Mas eu sabia que precisava estar ali e enfrentar toda aquela dificuldade. Eu precisava me recuperar, estar aberto a tudo aquilo, à abstinência. Era um grande desafio enfrentar e superar meus próprios desejos.
Hoje, graças a Deus, estou há seis anos limpo. Vejo como Deus foi me transformando, e falo Dele porque não tenho como me esquecer de Sua ação em toda a minha recuperação e experiência com Sua misericórdia quando eu ainda estava no mundo das drogas. A mão de Deus me segura e me guia até hoje.
Quando estamos mergulhados no vício, não conseguimos ver nada, nem nossa família nem as outras pessoas ao nosso redor. Hoje o entendimento que Deus me dá é de que sou aquele que ama e que tem que amar cada vez mais os outros. E a minha família são esses que Deus me deu para amar. Quão grande é a minha família, quão grande é Deus! Ele faz com que eu perceba a cada dia que aquela vida que eu levava eu não a quero mais, e que tudo o que vivo com minha família hoje vale infinitamente mais do que qualquer droga. A dependência química é uma doença incurável, assim, torna-se necessário todos os dias renovar meu compromisso: “Senhor, só por hoje eu não quero ser alguém que dependa da droga pra viver, mas quero ser um filho amado por Ti”.
O Senhor restaurou meu matrimônio e, depois que eu saí da internação, deu-nos mais uma filha, Maria Lyvia. Hoje, eu e minha esposa somos membros da Comunidade Shalom como Comunidade de Aliança. Damos nossa vida por aqueles que não conhecem a Deus e que estão no submundo da droga, porque a adicção é um submundo onde o ser humano parece ter se tornado um zumbi. É a essas pessoas, que estão como que mortas, que Deus me envia para trazê-los à luz, ao conhecimento da verdade.
Anderson Ferreira
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