O sofrimento também bate à porta de pessoas de fé, adultas ou jovens. Sofrimentos não são infortúnios apenas de idosos ou de pessoas saudáveis. Quem não conhece Chiara Luce, uma jovem folcolarina de 17 anos, que foi ceifada na flor da idade por um câncer violento? Chiara enfrentou a doença com uma coragem impressionante, nunca perdeu a alegria e o entusiasmo, nem nos momentos mais críticos.
Testemunhava a todos a alegria de pertencer a Cristo — os que a visitavam diziam que seu sorriso parecia emanar uma luz. Chiara foi beatificada pelo Papa Bento XVI no dia 25 de setembro de 2010.
Como podemos ver, jovem ou idoso, a dor e o sofrimento físico, psíquico ou espiritual pode bater à nossa porta. O que fazer, quando a dor é tão intensa, quando até rezar é uma tarefa árdua? O que fazer quando parecemos inúteis ou um peso para os outros? Quando não somos mais consultados ou procurados para nada?
Eu digo hoje com muita certeza: nessas horas, ainda podemos fazer muito pelo Reino de Deus. Diria que até mais do que quando aparentemente estávamos bem e saudáveis.
Mas o quê podemos fazer?
Podemos sofrer por amor, unidos a Cruz de Cristo em favor da Igreja e da humanidade. É um cálculo simples, mas fecundo. O sofrimento vivido com fé e amor é igual ao louvor e o louvor é uma forma comovente de intercessão e de amor apaixonado. Essa é a grande frustração do diabo: quando provoca sofrimentos na vida de um intercessor fiel, que não é abatido pelo sofrimento.
As súplicas dos “reparadores de brechas”, conseguem comover ainda mais o coração de Deus. O sofredor que intercede torna-se um discípulo e ministro da paz, tão ousado, criativo e evangelizador quanto antes.
Em meio às presentes dores da humanidade, é tempo de levantar uma intercessão intensa, confiante e decidida, que seja capaz de comover o coração de Jesus. O sofrimento intercessor salvará o mundo.
Rodrigo Santos