“É mediante o trabalho que o homem deve procurar-se o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos.” – Comentário inicial da Carta Encíclica Laborem Exercens, escrita pelo Papa João Paulo II.
O trabalho é fonte de graças e comprometimento do homem com a humanidade. É através dele que a sociedade é construída e somos capazes de ver frutos do labor de nossas mãos.
E dentro deste pensamento, é necessário ter o ofício não apenas com finalidade de lucro e crescimento financeiro, mas também, como canal de testemunho e saída de si. É necessário trazer o lado profissional e pessoal, para assim, ser sinal de amor no dia a dia.
O cristão e o trabalho
Ser cristão é transparecer Cristo e sua vida em todos os momentos, é dar exemplo de justiça e honestidade, viver o justo equilíbrio em um mundo tão voltado às riquezas e ao desprezo do “fracasso” quando não se atinge seu objetivo maior.
É mostrar aos que estão ao redor, que seus sacrifícios diários não são apenas dores, mas canal de santificação, comunhão e colaboração na construção do Reino de Deus. Aqueles que proclamam o Senhor como centro de sua vida, precisam diariamente renovar sua fé e sua confiança no Pai da Divina Providência.
Nos fala também o Catecismo da Igreja Católica: “Em virtude da sua consagração a Cristo e da unção do Espírito Santo, os leigos recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos cada vez mais abundantes. De fato, todas as suas atividades, orações, iniciativas apostólicas, a sua vida conjugal e familiar, o seu trabalho de cada dia, os seus lazeres do espírito e do corpo, se forem vividos no Espírito de Deus, e até as provações da vida se pacientemente suportadas, tudo se transforma em “sacrifício espiritual, agradável a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2, 5).”
O serviço na vinha complementa o trabalho
Não se pode separar o trabalho como atividade de renda do serviço na vinha, na obra que o Senhor nos confiou, pois um complementa o outro. Viver a profissionalização nas ações vividas em nossas paróquias, pastorais e ministérios é usar de forma madura os dons dados pelo Senhor para honrá-Lo e bendizê-Los com nossa vida.
Então precisamos nos empenhar para em tudo agradar a Deus por meio da nossa vida, trabalho e serviço, para assim dar frutos que, mesmo sem vermos, vão mudar um pouco o mundo no qual vivemos.
Viver as primícias
Outra graça do trabalho é a partilha de vida, bens e dons, é saber que por ele, podemos viver as prioridades da vida familiar, sem deixar de dar a Deus o que é de Deus. E isso se expressa através da nossa Comunhão de Bens, que nosso coração ao essencial.