Que motivos teria um Pai para submeter Seu Filho a condições humilhantes de pobreza, abandono, deserto, desamparo?
Porque um Pai faria isso? Porque pediria tanto sacrifício a Seu Filho?
O que faz um Filho deixar a companhia perfeita de seu Pai?
O que faz um Filho abandonar o conforto de um lar nutrido pelo mais completo amor, um lar onde mora a total unidade?
O que faz uma Pessoa potente, gloriosa, profundamente amada, abrir mão de Sua natureza magnífica para assumir a pobreza e vulnerabilidade de um corpo perecível e frágil?
Porque um Filho faria isso? Para atender o pedido de Seu Pai?
Que tipo de Espírito decidido sustentaria toda essa história? A minha história! A Sua história!
O Pai Santo, que ama!
O Filho Santo, que sendo tão amado, não poderia ter outro desejo senão corresponder ao amor de Seu Pai!
O Espírito Santo, Fonte de todo esse amor, que sustenta a História das histórias.
A História que marca o mundo e a vida. A Vida, a partir da qual até os anos foram divididos entre o antes e o depois.
O momento onde todas as histórias e vidas se encontram é hoje! Não há diferença entre o pobre e o rico, entre o doente e o são, entre o justo e o pecador. Nos afastamos de Deus, que nos criou e nos fez. O ofendemos, O ferimos, O desprezamos, O escarnecemos, debochamos Dele. O que poderia ser maior e mais forte do que as nossas insolências? O que seria capaz de promover a reconciliação de partes tão opostas? De um lado a crueza obscena do pecado humano, de outro a glória desconcertante de Deus. Para unir esses abismos, somente Deus na pessoa de Seu Filho.
Filho que atendeu de boa vontade e cheio de amor, o pedido de seu Pai. Filho que nasceu, viveu, amou, morreu. Morreu? Não simplesmente morreu. Eu matei. Matamos. Assassinamos. Hoje. Todo dia. Nossas mãos estão cheias de sangue inocente. Somos os mesmos daquele tempo, o mesmo povo que matou Jesus. Pobres, miseráveis, feridentos, altivos.
E ainda assim felizes! Que mistério é esse que transforma a morte em louvor? Que alívio é esse que transforma a dor em esperança? Cristo é o que caminha por todas as dores, por todas as mortes, por todo o inferno e ainda assim retorna vitorioso! O mistério tem nome e rosto: Amor. Amor de Pai. Amor de Filho. Amor da Fonte do Amor, redundante por ser inesgotável.
Que culpa feliz, pois por ela conhecemos a profundidade e ousadia do Teu amor. Que culpa feliz, pois por ela, viveu Deus entre nós. Que culpa feliz! O véu do templo se rasgou. Cristo exclamou: “Está consumado”! Com este grito, Ele venceu a morte, o pecado, a culpa. A culpa que vencida por Cristo tornou-se feliz. Na cruz. Sinal do Teu amor, da minha esperança.
“Derramou sua vida até a morte, provando a ira amarga, pra nos dar Sua doce graça e nos fazer viver!”
Fabielle Gomes
Ministério de Comunicação
Shalom Belém
Nossa, não resisti e tive que deixar um comentário. Fabielle, que texto lindo!
Mas lindíssimo mesmo. Rapaz… Muito bom, favoritei a página para eu poder reler quando quiser. Parece já ser uma mulher muito abençoada, mas ainda assim peço que Deus lhe abençoe!