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Padre Antônio e a misericórdia no Festival Halleluya

Confira entrevista com Padre Antônio Furtado, missionário nomeado pelo Papa Francisco.

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Como acontece o anúncio da misericórdia no Halleluya?

Em 2016, o Papa Francisco escolheu 1.000 sacerdotes, dentre os 450.000 do mundo, para essa grande missão de levar a misericórdia de Deus aos homens; anunciar a misericórdia e dar o perdão dos pecados que era reservado à Santa Sé, ao próprio Papa. Eu sou missionário da misericórdia aonde eu vou, e aqui no Halleluya essa ação acontece nas confissões e também nos momentos de celebração da Santa Eucaristia, onde há o anúncio do amor misericordioso de Deus.

O que muda no senhor, como homem e sacerdote, ao tocar na miséria humana e contemplar a misericórdia de Deus?

É uma experiência muito gratificante porque a gente ao mesmo tempo, como diz a carta aos Hebreus, é um homem tirado do meio dos homens para servir aos homens, é também cheio de fraquezas e por causa dessas fraquezas é capaz de entender as misérias dos outros e ser instrumentos da misericórdia de Deus. Eu, de modo muito especial, tenho visto muito a ação da misericórdia de Deus na vida das pessoas.

Neste ano, aconteceu o segundo encontro dos missionários da misericórdia com o Papa. Como foi para o senhor viver essa experiência?

Foi muito rico porque foi um retiro onde tivemos a graça de ter o Santo Padre celebrando e pregado para nós duas vezes. Foi um momento único porque coincidiu com a Festa da Misericórdia, celebrada no segundo domingo da Páscoa. E uma das coisas que me tocou muito foi a decisão do Papa em falar com cada um de nós, e eu tive a graça de viver a experiência de em retiro com o Papa ouvir dele o que ele quer para a igreja dos nossos dias. Além disso, pudemos tocar em tantos testemunhos de padres que partilharam os frutos concretos dessa experiência de ministrar a misericórdia no mundo inteiro.

Quais são os pecados que somente o Papa e os ministros da misericórdia podem conceder o perdão?

De modo geral, são os pecados que automaticamente geram a excomunhão, como por exemplo, o aborto. Além desse, o pecado contra a castidade cometido pelo sacerdote quando ele confessa a pessoa com quem ele pecou; a profanação da eucaristia; quem fere um sacerdote, ministro de Deus, entre outros.

O senhor pode citar algum exemplo concreto da sua experiência como missionário da misericórdia?

As experiências de pessoas que praticaram o aborto é uma ação que fere o coração da mulher. O aborto não é somente um crime, é uma agressão à mulher que o faz e a gente vê que quando essa ferida é exposta há uma libertação muito grande de um sofrimento que aquela mulher carregava. Então, pra mim é muito tocante ver essa cura das mulheres que abortaram.

Priscila Macêdo


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