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Papa: A oração é reflexo do amor que sentimos por Deus

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AFP4342152_Articolo“Como não sonhar com uma Igreja que espelhe e repita, na vida cotidiana, a harmonia das vozes e do cantos!”, exclamou o Papa, ao dirigir-se aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e movimentos católicos, reunidos para a celebração das Vésperas na Catedral de Assunção, último compromisso do Santo Padre no sábado.

“Fazemo-lo nesta catedral que tantas vezes teve de ser começada de novo; esta catedral é sinal da Igreja e de cada um de nós: às vezes, as tempestades de fora e de dentro obrigam-nos a pôr de lado o que se construiu e começar de novo. Sempre, porém, com a esperança em Deus; e, se olharmos para este edifício, sem dúvida Ele não decepcionou os paraguaios. Porque Deus nunca desilude! E por isso O louvamos agradecidos”.

Na oração, cada um de nós quer tornar-se cada vez mais parecido com Jesus, observou o Pontífice. A oração traz à superfície aquilo que vivemos ou deveríamos viver na existência diária; pelo menos uma oração que não queira ser alienante ou apenas preciosista:

“A oração dá-nos impulso para pôr em ação ou examinar-nos sobre o que rezamos nos Salmos: nós somos as mãos de «Deus, que levanta o pobre da miséria» e somos quem trabalha para que esterilidade com a sua tristeza se transforme em campo fértil. Cantando que «muito vale aos olhos do Senhor a vida dos seus fiéis», somos os que lutam, pelejam, defendem o valor de toda a vida humana, desde o nascimento até os anos serem muitos e poucas as forças. A oração é reflexo do amor que sentimos por Deus, pelos outros, pelo mundo criado; o mandamento do amor é a melhor configuração do discípulo missionário com Jesus”.

Estar agarrados a Jesus dá profundidade à vocação cristã, que – interessada no «agir» de Jesus, que engloba muito mais do que as atividades – procura assemelhar-se a Ele em tudo o que realiza. A beleza da comunidade eclesial nasce da adesão de cada um dos seus membros à pessoa de Jesus, formando um «conjunto vocacional» na riqueza da diversidade harmônica.

“É belo ver-vos a colaborar pastoralmente, partindo sempre da natureza e função eclesial de cada uma das vocações e carismas. Quero exortar-vos a todos – sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e seminaristas – a que vos empenheis nesta colaboração eclesial, especialmente a partir dos planos de pastoral das dioceses e da Missão Continental, cooperando com toda a disponibilidade possível para o bem comum. Se a divisão entre nós provoca a esterilidade (cf. Evangelii gaudium, 98-101), não há dúvida que, da comunhão e da harmonia, surge a fecundidade, porque estão em profunda consonância com o Espírito Santo”.

“Todos temos limitações, disse o Papa. Ninguém pode reproduzir totalmente Jesus Cristo. E, embora cada vocação se conforme de maneira mais saliente com este ou aquele traço da vida e obra de Jesus, há alguns elementos comuns e indispensáveis a todas”. Não fazer alarde é uma característica de toda vocação cristã. Neste sentido, “quem foi chamado por Deus não se pavoneia, nem corre atrás de reconhecimentos ou aplausos efêmeros; não sente ter subido de categoria, nem trata os outros como se estivesse num degrau superior”.

Todo o consagrado deve estar configurado com Aquele que, na sua vida terrena, “por entre orações e súplicas, com grande clamor e lágrimas”, alcançou a perfeição quando aprendeu, sofrendo, o que significava obedecer. E isto também é parte da nossa vocação.

“Sempre que rezamos, somos feitos de novo por Deus, firmes como um campanil, felizes por divulgar as maravilhas de Deus. Partilhemos o Magnificat e deixemos o Senhor fazer, através da nossa vida consagrada, grandes coisas no Paraguai”, concluiu Francisco.

Fonte: Rádio Vaticano


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