O Papa vai se encontrar com uma centena de jovens refugiados na Basílica do Sagrado Coração, domingo, 19 de janeiro, por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.
Naquele domingo à tarde, Francisco estará na Basílica para uma visita de cerca de quatro horas, na qual falará com paroquianos, jovens refugiados e pessoas sem-teto, que revelam sentir-se nesta igreja como “se estivessem em casa”.
Esta será a primeira paróquia que o Papa visita no centro de Roma: uma realidade de “periferia existencial” em que a Basílica dá escuta aos pobres e pratica um projeto que conjuga o entusiasmo da vida religiosa masculina e feminina, o vigor das famílias e a energia dos jovens para uma presença mais incisiva no território.
Cerca de 400 jovens cristãos e não-cristãos vivem na Basílica “numa atmosfera de casa, não como um guichê ou centro de acolhida”, dizem os refugiados. Eles provêm de países como Somália, Eritreia, Gâmbia, Camarões, Afeganistão, Iraque, Irã, Curdistão, Congo, Costa Do Marfim, Egito, Síria, Sudão, Paquistão, Turquia e Gana.
Muitas pessoas sem-casa, algumas italianas, também procuram a Basílica para se sentirem em casa e serem reconhecidos em sua dignidade, mantendo relações de amizade e fraternidade. Vários se tornaram voluntários, trabalham no apoio e atenção a outros pobres nas redondezas da Estação Ferroviária.
Durante a visita, haverá momentos de “intimidade” para que o Papa se sinta também “em casa”: uma música em espanhol durante a Missa, cantata pelos 80 jovens italianos que compõem o coral, o mate oferecido depois da Missa, no encontro com as comunidades religiosas que moram na casa e na imagem colocada no presbitério da “Virgem de Lujan”, padroeira da Argentina, primeiro país onde Dom Bosco enviou os salesianos em missão.
O Papa chegará às 16h e encontrará os paroquianos no pátio. Depois irá a uma sala com moradores de rua amigos da Basílica. Em seguida, terá uma reunião com cerca de cem jovens refugiados e uma delegação de voluntários. Na sequência, cumprimentará as crianças recém-batizadas com seus pais, os noivos e recém-casados e jovens famílias. Confessará cinco pessoas e por volta das 18h, celebrará a Eucaristia. Falará com doentes, religiosos e religiosas e 200 jovens que frequentam a instituição.