Na mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco convocou todos os povos a construção da paz. O Pontífice ainda apontou que “a paz é conjuntamente dádiva do Alto e fruto dum empenho compartilhado”. Indicou três caminhos para a construção de uma paz duradoura: diálogo entre as gerações, educação, o trabalho.
“Todos podem colaborar para construir um mundo mais pacífico partindo do próprio coração e das relações em família, passando pela sociedade e o meio ambiente, até chegar às relações entre os povos e entre os Estados.”
Francisco explica que a pandemia fez crescer o sentido de solidão e o isolamento. “Esta crise é sem dúvida aflitiva, mas nela é possível expressar-se também o melhor das pessoas”. E, completa: “Se os jovens precisam da experiência existencial, sapiencial e espiritual dos idosos, também estes precisam do apoio, carinho, criatividade e dinamismo dos jovens”.
Leia aqui a Mensagem para o 55º Dia Mundial da Paz
O Papa também critica aumento das despesas militares “ultrapassando o nível registado no termo da «guerra fria»” enquanto os investimentos com instrução e educação “diminuiu sensivelmente a nível mundial”.
“Aliás, a busca dum real processo de desarmamento internacional, só pode trazer grandes benefícios ao desenvolvimento dos povos e nações, libertando recursos financeiros para ser utilizados de forma mais apropriada na saúde, na escola, nas infraestruturas, no cuidado do território, etc.”
Trabalho para a promoção da dignidade do homem
Por fim, o Pontífice indica o trabalho como uma via para a construção da paz. “O trabalho é um fator indispensável para construir e preservar a paz. Aquele constitui expressão da pessoa e dos seus dotes, mas também compromisso, esforço, colaboração com outros, porque se trabalha sempre com ou para alguém. Nesta perspectiva acentuadamente social, o trabalho é o lugar onde aprendemos a dar a nossa contribuição para um mundo mais habitável e belo”, conclui.
O Papa finaliza a mensagem agradecendo a todos que se empenharam na promoção da paz. E faz um apelo aos governantes e às pessoas que têm responsabilidades políticas, sociais e eclesiais para que, todos caminhem juntos por estes caminhos que constroem a paz.