Igreja

Papa encontra participantes da Plenária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida

Em seu pronunciamento, Francisco propôs algumas atitudes básicas que os membros do Dicastério deveriam adotar ao longo do seu trabalho nos próximos anos.

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Em sua série de audiências, no Vaticano, o Santo Padre recebeu, na Sala Clementina, 85 participantes na Plenária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Em seu pronunciamento, o Papa propôs algumas atitudes básicas que os membros do Dicastério deveriam adotar ao longo do seu trabalho nos próximos anos.

A este respeito, Francisco refletiu sobre dois pontos: “sentir com o coração da Igreja”, para desempenhar a função de Membros e Consultores e “ter um olhar de irmãos”, segundo o tema da Plenária do Dicastério. E explicou:

“ Todos vocês são chamados a colaborar com a Santa Sé e ajudar este novo Dicastério, que iniciou sua atividade há pouco mais de dois anos. Juntos, sacerdotes, consagrados e leigos, prestam, lado a lado, um serviço à Igreja Católica, comprometendo-se a promover e apoiar os leigos, famílias e vida. Por isso, é essencial que cada um sinta o coração da Igreja ”

Trata-se, disse Francisco, de passar de uma perspectiva local para uma perspectiva universal. A Igreja Católica não se identifica com uma diocese, um movimento eclesial, uma escola teológica ou uma tradição espiritual. A Igreja é católica, universal, bem mais ampla, com uma alma “grande e generosa”:

“ Sentir com o coração da Igreja significa sentir-se católico, universal, olhando para toda a Igreja e para o mundo, não de modo parcial. A igreja é mãe! Assim, vocês são chamados a dar um passo a mais e a olhar com os olhos da mãe Igreja ”

Igreja, verdadeira mãe

Explicando o modo de sentir da Igreja, o Papa disse que a Igreja, como verdadeira mãe, deseja, acima de tudo, a harmonia entre todos os filhos, não favoritismos e preferências. Por isso, é preciso sempre propor modelos positivos de colaboração entre leigos, sacerdotes e consagrados, entre pastores e fiéis, dioceses e paroquias, movimentos e associações laicais, jovens e idosos, evitando oposições e antagonismos estéreis, mas estimulando uma colaboração fraterna, pelo bem comum da família que compõe a Igreja. E o Santo Padre acrescentou:

A Igreja, como toda mãe, quer que seus filhos cresçam e se tornem autônomos, criativos e empreendedores, e não permanecer infantis. Assim, todos os leigos, filhos da Igreja, devem ser ajudados a crescer e a tornar-se “adultos”, colocando seus talentos a serviço de novas missões na sociedade, na cultura, na política. Deste modo, a Igreja, como verdadeira mãe, poderá preservar a história e a tradição viva da família”.

Irmãos na fé

A seguir, o Papa explicou o segundo ponto, partindo do tema da Assembleia do Dicastério sobre a formação dos fiéis leigos, com o objetivo de fortalecer sua identidade e missão no mundo. A imagem que Francisco usou é a de “ter um olhar de irmãos”:

“ Vocês não são “engenheiros sociais” ou “eclesiais”, que planejam estratégias a serem aplicadas em todo o mundo com o intuito de difundir certa ideologia religiosa entre os leigos. Vocês são chamados a pensar e a agir como “irmãos na fé”, lembrando que a fé nasce sempre de um encontro pessoal com o Deus vivo e se alimenta dos Sacramentos da Igreja ”

O Papa concluiu seu pronunciamento exortando a olhar “como irmãos” a multidão de fiéis leigos em todo o mundo, para entendê-los melhor e levá-los a ser testemunhas de Cristo na vida privada e na sociedade.

Enfim, a serem “sinais visíveis” da presença de Cristo em todos os ambientes, apesar das condições de pobreza e instabilidade social, da perseguição religiosa e da propaganda ideológica anticristã; sendo discípulos missionários, protagonistas na promoção da vida, na defesa da razão, da justiça, da paz, da liberdade, na promoção da saudável convivência entre povos e culturas.


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