Igreja

Papa Francisco: ‘a vida familiar não é uma missão impossível’

A semana foi marcada pelo Encontro Mundial das Famílias, em Roma, que contou com a participação do pontífice na abertura.

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Foto: Vatican News

A semana do Papa foi marcada pelo X Encontro Mundial das Famílias, realizado em Roma. O pontífice participou da cerimônia de abertura e mostrou sua proximidade com as famílias do mundo inteiro. Nesta semana ainda, Francisco continuou a catequese sobre a velhice alertando para a fragilidade própria desse período da vida. Veja abaixo os principais destaques da semana do Papa.

Encontro Mundial das Famílias

Começou quarta-feira (22/06), em Roma, o 10° Encontro Mundial das Famílias. O evento foi aberto com o Festival das Famílias, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com a presença do Papa Francisco. Na ocasião, o pontífice pediu que as famílias busquem caminhar juntas com a Igreja.

Leia também| Acompanhe o X Encontro Mundial das Famílias, em Roma

“Casais-vos, porque quereis fundar o matrimónio no amor de Cristo, que é firme como uma rocha. No matrimónio, Cristo dá-Se a vós para terdes a força de vos dar um ao outro. Por isso, coragem! A vida familiar não é uma missão impossível. Com a graça do sacramento, Deus torna-a uma viagem maravilhosa que se há de fazer juntamente com Ele; nunca sozinhos. A família não é um ideal belo mas na realidade inatingível. Deus garante a sua presença no matrimônio e na família, não só no dia do casamento, mas ao longo da vida inteira. Apoia-vos todos os dias no vosso caminho”, disse.

Francisco lembrou que o perdão é um dom que precisa ser cultivado na família e explicou que trata-se de uma graça que inunda toda a casa. “O desejo que existe no fundo do coração de cada um é que o amor não acabe, que a história construída juntamente com a pessoa amada não se interrompa, que os frutos nela gerados não se percam. Todos têm este desejo. Ninguém quer um amor de «curto prazo» ou com «prazo estabelecido»”.

E, completou: “É importante, para todos, não permanecer fixados no pior, mas valorizar o melhor, o bem imenso de que é capaz todo ser humano e, a partir daí, recomeçar…”.

 
 
 
 
 
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Francisco encontra os bispos do Regional Noroeste e Norte1

A Visita ad Limina dos Regionais Noroeste e Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reuniu 17 bispos junto com o administrador da Diocese de Roraima, se encontraram com o Papa Francisco.

Um momento para viver a catolicidade, um momento de alegria, segundo dom Leonardo Steiner. Aos pés do túmulo onde está sepultado o primeiro Papa, aquele que receberá o capelo cardinalício no dia 27 de agosto, insistiu em “expressar a alegria das nossas Igrejas”, destacando, a partir da sua experiência em Manaus, “o carinho enorme que o Povo de Deus tem pelo Papa, e nós nos alegramos com nossas comunidades”.

Papa Francisco com cocar dado de presente pelos bispos dos regionais Regional Noroeste e Norte1 (Imagem/Vatican Media)

O Bispo de São Gabriel da Cachoeira agradeceu ao Papa Francisco pelo Sínodo para a Amazônia e o Sínodo sobre a sinodalidade. Ele, que é bispo da diocese com a maior porcentagem de população indígena do Brasil, lhe expressou ao Santo Padre o grande agradecimento dos povos indígenas “porque pela primeira vez, são escutados, e eles se sentiam tão felizes”, destacando o trabalho fantástico de escuta feito no processo sinodal do Sínodo para a Amazônia, algo que está sendo repetido com o Sínodo atual, mostrando o Papa aos povos indígenas, “como ele os leva a sério”.

O Papa insistiu aos bispos que “escutem os povos indígenas, escutem as comunidades de base, o Espírito Santo age através dessas pessoas, dos pobres da Igreja, e vocês estão na fronteira, vocês estão com os mais pobres, vocês estão onde eu gostaria de estar”.

Tempo da velhice: chamado a testemunhar mesmo na fraqueza

Continuando a série de catequeses sobre a velhice, Francisco meditou sobre o diálogo de Jesus com Pedro após a ressurreição. O pontífice lembrou que a velhice é marcada pela fragilidade do corpo e que, por isso, o testemunho dos idosos é marcado pela fragilidade.

Você deve ser testemunha de Jesus mesmo na fraqueza, na doença e na morte. Há uma bela passagem de Santo Inácio de Loyola que diz: ‘Assim como na vida, também na morte devemos dar testemunho de discípulos de Jesus’. O fim da vida deve ser o fim da vida de discípulos: de discípulos de Jesus que nos fala sempre de acordo com a idade que temos”.

De acordo com o Papa, o importante é seguir Jesus, independente das condições físicas. “O seguimento de Jesus sempre vai adiante, com boa saúde, sem boa saúde, com autossuficiência, sem autossuficiência física. Porém, o seguimento de Jesus é importante: seguir Jesus sempre, a pé, correndo, lentamente, na cadeira de rodas, mas sempre segui-lo”.

Segundo o Pontífice, “a vida do idoso é lenta, lenta, mas é uma despedida alegre: vivi a vida, conservei a minha fé. É bonito quando um idoso pode dizer: “Eu vivi a vida, esta é a minha família. Eu vivi a vida, fui um pecador, mas também fiz o bem”. E essa paz que vem, esta é a despedida do idoso”.

 

O mundo digital deve ser habitado por cristãos

O site Vatican News divulgou trechos do prefácio escrito pelo Papa Francisco para o livro “A Igreja no mundo digital: ferramentas e propostas”. Nele, o pontífice recorda a importância da cultura do encontro, que não pode ser substituída pelo ambiente virtual.

“Há realmente muito para se fazer, para crescer juntos na consciência da importância, mas também dos riscos envolvidos no uso dessas ferramentas. Há muito a ser feito para aprender a ouvir; e para envolver e formar os jovens, nativos digitais, que sejam capazes de revitalizar os sites das paróquias. A web e as redes sociais podem ser habitadas por quem testemunha a beleza da fé cristã, por quem propõe histórias de fé e vivida pela caridade, por quem comunica com a linguagem de hoje a extraordinária novidade do Evangelho, e por quem escuta como os apóstolos e os discípulos aprenderam a fazer com Jesus.”

 


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