O Papa Francisco enviou nesta semana uma mensagem especial aos jovens brasileiros, por ocasião dos 50 anos da Pastoral da Juventude. Ainda nesta semana, Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico. Em audiência privada, o Pontífice também meditou sobre o valor do trabalho. Veja estes e outros destaques da Semana do Papa a seguir.
Mensagem aos jovens brasileiros
Do Vaticano, o Pontífice enviou uma carta de felicitações endereçada a dom Vilsom Basso, presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB por ocasião dos 50 anos da Pastoral da Juventude.
“Escrevo-lhe esta mensagem no dia em que celebramos São José de Anchieta, um jesuíta como eu que, quando era jovem como vocês, aos 19 anos, não teve temor algum de partir em missão para uma terra desconhecida, atravessando o oceano, movido por seu zelo apostólico de anunciar Jesus Cristo a todos.”
Francisco também encorajou os jovens a serem evangelizadores. “São muitos obstáculos e desafios para poder levar a Boa Nova do Evangelho aos jovens da sociedade hodierna. Entretanto, exorto-os a seguirem em frente com a coragem, a ousadia e a criatividade que lhes são características, sem desanimar nem deixar que lhes roubem a esperança. Saibam que estarão sempre amparados pela intercessão do Apóstolo do Brasil e pela proteção maternal da Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe.”
A mensagem foi lida no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que reuniu aos mais de 5 mil jovens para a festa jubilar.
Catequese sobre o zelo apostólico
Na catequese da Audiência Geral, da quarta-feira (13), o Papa Francisco falou sobre o zelo apostólico de um leigo: o Beato José Gregório Hernández Cisneros. Nascido na Venezuela, em 26 de outubro de 1864, o beato “recebeu a fé sobretudo da mãe, como contou: «A minha mãe ensinou-me a virtude desde o berço, fez-me crescer no conhecimento de Deus e deu-me a caridade como guia»”.
“São as mães que transmitem a fé. A fé se transmite em dialeto, ou seja, com a linguagem das mães, aquele dialeto que as mães sabem falar com os filhos. Vocês mães fiquem atentas a transmitirem a fé com aquele dialeto materno”, disse o Papa.
José Gregório tornou-se médico, professor universitário e cientista. “Nos pobres, nos doentes, nos migrantes, nos sofredores, José Gregório via Jesus. E o sucesso que nunca buscou no mundo o recebeu, e continua recebendo, das pessoas, que o chamam de “santo do povo”, “apóstolo da caridade”, “missionário da esperança”.”
#RezemosJuntos diante dos inúmeros desafios e dificuldades do nosso tempo. Não permaneçamos como espectadores, mas empenhemo-nos ativamente por um mundo mais justo e pacífico. #AudiênciaGeral
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) September 13, 2023
“Eis o zelo apostólico dele: não segue as próprias aspirações, mas a sua disponibilidade aos desígnios de Deus. E assim o Beato compreendeu que, por meio do cuidado dos doentes, colocaria em prática a vontade de Deus, socorrendo os que sofrem, dando esperança aos pobres, testemunhando a fé não com palavras, mas com o exemplo”.
Francisco finalizou a catequese convidando todos os cristãos a “sujarem as mãos”, como fez o beato. “Sigamos em frente no caminho do Beato Gregório, um leigo, um médico, um homem de trabalho cotidiano que o zelo apostólico o impeliu a viver fazendo a caridade durante toda a vida”.
Valor do trabalho
O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira (11/09), a Associação Italiana de Mutilados e Inválidos do Trabalho. O Papa recordou que muitas vezes o trabalho desumaniza e, em vez de ser o instrumento com o qual o ser humano se realiza, colocando-se à disposição da comunidade, torna-se uma corrida exasperada pelo lucro: “as tragédias começam quando o objetivo não é mais o homem, mas a produtividade. A segurança no trabalho é como o ar que respiramos: só percebemos a sua importância quando tragicamente falta e é sempre tarde demais”
Ao citar um trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, o Papa disse que o corpo é templo do Espírito Santo, e isso significa que cuidando das suas fragilidades damos louvor a Deus. “A humanidade é, portanto, um ‘lugar de culto’ e o cuidado é a atitude com a qual colaboramos no próprio trabalho do Criador. Isso nos ensina a fé cristã: a centralidade da pessoa como templo do Espírito Santo não conhece desperdício, compra, venda ou troca da vida humana”.
Que esta família polonesa, que representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial, seja para todos nós um modelo a imitar no ímpeto do bem e no serviço de quem está necessitado.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) September 10, 2023
Com inf. Vatican News