“Todos os dias, segurando entre as mãos a coroa do Santo Rosário, dirigimos os nossos olhos a ti, Mãe de misericórdia, suplicando para que acabe a pandemia e a humanidade possa retomar a vida de cada dia com mais segurança”, foi a oração do Papa Francisco diante da imagem da Virgem Maria.
O Papa Francisco concluiu a “maratona” de oração do Terço realizada diariamente durante todo o mês de maio, com a participação dos 30 santuários marianos mais representativos de todos os continentes, cuja o tema foi “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5).
A iniciativa foi aberta pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro e concluída pelo próprio Pontífice nos Jardins Vaticanos, diante de uma imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós.
Com efeito, disse o Papa no início da celebração, “são tantos os nós que pressionam nossas existências e prendem as nossas atividades. São os nós do egoísmo e da indiferença, nós econômicos e sociais, nós da violência e da guerra”.
Os cinco nós a desatar
A cada mistério gozoso, foi indicado um nó a desatar: o dos relacionamentos feridos, da solidão e da indiferença, que se tornaram mais profundos nestes tempos; o do desemprego, com particular atenção ao desemprego juvenil, feminino, dos pais de família e daqueles que estão tentando defender seus empregados; o do drama da violência, em particular a que irrompe na família, no lar, contra as mulheres ou explodiu nas tensões sociais geradas pela incerteza da crise; o nó do progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar, compartilhando descobertas para que sejam acessíveis a todos, especialmente aos mais frágeis e pobres; por fim, o nó do cuidado pastoral, para que as Igrejas locais, paróquias, oratórios, centros pastorais e de evangelização possam redescobrir entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral e os jovens possam se casar e construir uma família e um futuro.
Com a participação de crianças que receberam a primeira comunhão, crismandos e escoteiros de Roma e região, a oração do Terço foi feita diante do ícone mariano oriundo de Augsburg, na Alemanha. Trata-se de uma pintura a óleo sobre tela feita pelo pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner, por volta de 1700.
A pintura retrata Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos, rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal. Depois da oração do Terço, houve a coroação da imagem.
Após as ladainhas, antes de conceder a bênção apostólica, o Papa Francisco pronunciou a seguinte oração:
“Ó Maria, tu sempre resplandeces em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Entregamo-nos a Ti, Saúde dos enfermos, que junto à Cruz estivestes associada à dor de Jesus, mantendo inabalável a tua fé. Tu, que sabes desatar os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nosso auxílio. Estamos confiantes de que, como em Caná da Galileia, farás com que possa voltar a alegria e a festa em nossas casas, após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a conformarmo-nos à vontade do Pai e a fazer aquilo que nos disser Jesus, que assumiu os nossos sofrimentos e carregou as nossas dores para nos conduzir, pela Cruz, à alegria da ressurreição. Amém”
O Santo Padre encerrou a cerimônia agradecendo ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização por organizar a maratona, aos santuários que aderiram à iniciativa, à diocese de Augsburg, na Alemanha, pelo ícone mariano e a todos os fiéis. “Por favor, rezem por mim”, finalizou.