Os grandes feitos de meu Pai ao longo da história da Salvação sempre foram precedidos de prelúdios ou sinais. Em se tratando de Mim, essa afirmação é elevada em máximo grau. Isso porque “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
No entanto, minha Encarnação não foi um teatro. Isso significa que precisei passar pelas etapas naturais de crescimento e maturidade, até que minha hora chegasse. A minha hora porem parece ter sido antecipada mediante um pedido que não pude recusar. Estávamos minha Mãe Maria e eu numa festa de casamento. O vinho, todavia, veio a faltar e os noivos estavam apreensivos. Eu fiquei “na minha”, diferente de minha Mãe. Ela logo veio até Mim e disse: “Eles não têm mais vinho” (Jo 2,3). Eu respondi que a minha hora ainda não havia chegado (cf. Jo 2,4). Ela, porém, “fazendo de conta que não havia entendido”, se voltou para os empregados e disse: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).
Sem demora, os empregados pegaram seis talhas de pedra que estavam colocadas ali para a purificação do povo. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros de água. Então, Eu disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até a borda. Em seguida, orientei-os: “Agora tirai e levai ao responsável de vocês”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou e a água milagrosamente se tinha transformado em vinho. Ficou impressionado. O chefe dos serviçais chamou, então, o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas você guardou o vinho melhor até agora! ” (Jo 2,7).
Minha mãe, porém, sabia o que Eu tinha feito. Ficou ali bem quietinha, no cantinho dela, discreta e escondida. Apenas nós sabíamos o que havia acontecido. Pois é, ela insistiu comigo para que os noivos fossem socorridos naquele momento de constrangimento. Ali se deu o início da minha vida pública e, a partir dali, uma gama de outros milagres e sinais ainda mais impressionantes foram realizados por Mim (cf. Jo 2,11). Para quem sabe ler, um pingo é letra. O rhema dessa minha partilha é: “Pede a mãe, que o Filho atende!”
Fica a dica. Shalom!
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