Justiça: essa é uma das virtudes presentes num coração fiel a Deus. Na tradição do meu povo hebreu, dizer que alguém é justo, equivale quase ao que depois, ao longo da história da Igreja, vocês chamariam de santo. José, meu querido pai adotivo, era um homem justo. (cf. Mt 1,18-24). Sua fidelidade ao Criador do Céu e aos Mandamentos, entretanto, foi colocada à prova justamente diante das suspeitas que começou a ter de Maria, minha Mãe, a cheia de graça.
Meu Pai do Céu e Criador do mundo, porém, não se fez esperar, de modo que providencialmente enviou um anjo para tranquilizar esse meu querido e futuro guardião:
“O anjo lhe apareceu, em sonho, e lhe disse: ‘José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados’ ”(Mt 1,20-21).
Como você pôde ver, tudo isso aconteceu para se cumprir as Escrituras, que dizem: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mt 1,23). Quando esse meu fiel protetor acordou, ele fez tudo conforme o anjo de meu Pai do Céu havia mandado, aceitou minha mãe Maria como sua esposa e a mim como seu filho adotivo (cf. Mt 1,24).
Um sim a Deus, no entanto, sempre deve ser purificado e amadurecido. Após o meu nascimento, num lugar simples e humilde, iniciou-se mais um momento de grande combate e provação. Um cruel líder de nosso povo, chamado Herodes, sentindo-se ameaçado em sua supremacia, mandou matar todos os garotinhos que tinham nascido naquele período, pois, segundo os magos, um deles poderia ser o futuro rei de Israel.
Um anjo do Senhor, entretanto, apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo” (Mt 1,14). Ele se levantou e, sem pestanejar, obedeceu a ordem do anjo, pegou a mim e minha mãe e partimos para o Egito. Ali permanecemos até a morte de Herodes, para se cumprir o que Deus havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho” (Mt 1,15).
O Mal, porém, quando se vê acuado, responde com mais violência: “Herodes, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles não existem mais” (Mt 1,16-18).
Algum tempo depois, José, meu Pai adotivo, recebeu outra visita do anjo. Ele apareceu-lhe mais uma vez em sonho e disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos” (Mt 2,19). Ele então não pensou duas vezes, se levantou, chamou minha mãe, tomaram-me no colo, e, juntos, retornamos para a terra de Israel, região da Galileia, cidade de Nazaré, para ser mais específico.
Como um servo fiel e providente, ele fez tudo isso tomando as devidas precauções. (cf. Mt 19,22). Por isso hoje, na Igreja, a devoção a meu pai adotivo normalmente está associada à Providencia de Deus. De fato, ele viveu muitas coisas alegres e tristes na minha companhia e de minha Mãe, mas, em todas elas, foi um fiel instrumento do Pai Criador. Sim, ele hoje está no céu, aqui, junto comigo.
Se você precisa de um socorro providencial de Deus, não hesite em pedir a intercessão dele. Pode acreditar, eu, o Pai e o Espírito Santo não resistiremos em atender qualquer pedido do glorioso São José.
Eu sou Jesus, o filho adotivo de São José. Se o testemunho que dou desse servo fiel te abençoou, faça-o chegar a outros corações.
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