Apresentamos a partilha do nosso irmão Sérgio Galhardo, da Comunidade de Aliança, sobre carta recebida do Santo Padre, Papa Francisco.
Desde o início de minha caminhada eclesial sempre tive a consciência, por ação da graça, de que não sou “da” Igreja e sim eu “sou” Igreja. Isto gerou em mim um profundo amor por ela, como é próprio do Carisma Shalom.
Sabia que havia uma proximidade se, entre todos os que comigo são Igreja, também, com o Sucessor de Pedro; ainda que não haja uma proximidade física, há incontestavelmente uma proximidade espiritual, digamos que, mais concreta até do que a física, como disse Bento XVI no encontro de catequese com crianças em 2005: “existem tantas coisas que não vemos e que existem e são essenciais (…), as coisas mais profundas, que sustentam realmente a vida e o mundo, não as vemos, mas podemos ver, sentir os efeitos.(…) Como disse, precisamente as coisas invisíveis são as mais profundas e importantes.”
Resolvi então arriscar: rezei e escrevi a carta acolhendo-o, garantindo-lhe minha oração e partilhando um pouco de mim, que sou consagrado na Comunidade Shalom, como Comunidade de Aliança, e também sobre uma situação particular que estou vivendo.
Dias antes da vinda do Santo Padre à Aparecida, fui vistar o Carmelo de Santa Teresinha, próximo à minha casa, onde tenho um a madrinha de oração e, sabendo que elas o encontrariam pessoalmente, pedi-lhe para entregar a carta, junto com as que as demais irmãs entregariam.
O tempo passou. Já havia esquecido do fato, apesar de naqueles dias ter vislumbrado como seria se o Santo Padre respondesse. Então, no dia 31 de março, ao conferir a correspondência do prédio onde moro encontro uma carta “diferente” endereçada à mim. Remetente: Nunciatura Apostólica do Brasil!
Ao abrir, que grande surpresa! Estava lá, Monsenhor Peter B. Wells, assessor de Sua Santidade escreve: “Com atenciosos cumprimentos, me desempenho do encargo de expressar (…)”, e seguia a mensagem do Santo Padre. Mas ainda pensei que fosse algo relacionado à JMJ do Rio de Janeiro. Telefonei à uma irmã de Comunidade, que fora comigo ao Rio, para saber se ela também recebera algo. Mas não! Era realmente a resposta à minha carta! Era precisa na resposta à situação partilhada! Não havia dúvidas: era a minha resposta.
Como a mulher do Evangelho que, ao reencontrar a moeda perdida, chama os demais para compartilharem da sua alegria, comecei a enviar mensagens com a notícia aos irmãos. Recordava da frase que sempre se ouve nas audiência gerais às quartas-feiras “O Santo Padre concederá a Benção Apostólica à vós e extensiva aos vossos familiares”. Ou seja, não é só para mim tal graça. É para todos os que me são caros, para minha família natural, para minha família Shalom, para meus amigos e irmãos. Por isso partilhei na célula comunitária e partilho agora com todos vocês que lêem esta notícia. Shalom.”
Sérgio Galhardo