Institucional

Percebi que não era uma utopia viver a radicalidade do Evangelho

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vocacional shalomMeu nome é Pamela, tenho 23 anos e faço parte da Missão do Shalom em Araraquara (SP). Conheci a vocação verdadeiramente há mais ou menos um ano com a chegada dos missionários na minha cidade, pois antes só tinha o “Amigos do Shalom”. O que me chamou muito a atenção foi o fato de serem jovens com a mesma idade que eu, que largaram tudo pra viver a radicalidade do Evangelho.

Eu já conhecia as novas comunidades, já tinha feito vocacional em outra comunidade, mas quando vi os missionários do Shalom, senti algo diferente. Fui, então, conhecê-los e logo me contaram sobre a oferta de vida dos primeiros, do Moysés, e aquilo me inquietou muito, porque eu queria também ofertar a minha vida pela Igreja e pelos jovens.

Aos poucos, fui me aproximando do Carisma, querendo e não querendo saber de comunidade pelas feridas e frustrações de outras tentativas. Fui convidada para o vocacional e a primeira pregação foi “Amor Esponsal”. Nunca tinha ouvido falar de Deus daquele jeito, nunca tinha ouvido que somos almas esposas, que Deus escolhia os mais fracos e pecadores. Fiquei balançada, mas tinha muito medo de admitir tudo que sentia e me frustrar novamente. Dizia a Deus que não queria mexer com isso. Quando perguntada qual era a minha pretensão ao fazer o vocacional, não soube responder.

Fui para a Jornada Mundial da Juventude dizendo que não era Shalom, que não era pra mim, mas lá Deus foi concreto. Ele me fez tocar o Carisma, pra onde eu olhava eu via alguém com Tau, com camiseta, bandeira, no meu alojamento só tinha vocacionado Shalom. Assim, Deus foi amolecendo meu coração, cativando-me com a alegria de ser Shalom, de perceber a unidade de como se amavam. Eles me amavam sem me conhecer.

Pude conhecer algumas casas do Shalom no Rio, conheci a história do Ronaldo Pereira e o Moysés no encontro com os voluntários. Tirei uma foto dele e, quando ele olhou dentro dos meus olhos e apertou duas vezes a minha mão, não contive as lágrimas, porque naquele momento Deus confirmava a minha vocação e me mostrava que vale a pena ofertar a vida. Percebi que não era uma utopia viver a radicalidade do Evangelho, mas é algo real e concreto.

A vocação mudou a minha vida porque me ensinou a importância da vida de oração e nela Deus pode me salvar de mim mesma. A vocação me mostrou quem eu sou e quem é Deus. Ensinou-me a ser alma esposa, mulher, filha de Deus, jovem. Mostrou que todo esse tempo procurei Deus no lugar errado, fora, mas Ele estava dentro de mim. Salvou minha juventude, e só tenho a agradecer a Deus por Ele ter me escolhido, por ter colocado na minha vida a vocação Shalom.

Pamela Cardoso


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