Oi, meu nome é Giovanna.
Bem, eu comecei minha vida de fé no final do ano passado. Minha família sempre foi católica de berço. Minha avó sempre teve uma conexão enorme com Jesus e Nossa Senhora, mas eu só fui conhecer de fato Jesus este ano. Eu não gostava de ir à missa, não acreditava em Deus, acreditava pois era o que minha família queria, apenas repetia palavras sem saber o significado delas. Quando alguém me falava de Deus, eu me sentia julgada e achava chato. Hoje, eu entendo muitas daquelas palavras que antes eu me recusava a prestar atenção. E sou muito grata por elas.
No final do ano passado, conheci um amigo que me apresentou o amor de Deus. Sozinha no meu quarto, orei pela primeira vez, pedindo perdão a Jesus por todos os meus pecados. Foi ali que minha sede aumentou, e eu decidi que queria viver uma vida ao lado de Jesus. Comecei a ir às missas e a fazer a Lectio Divina todos os dias, mas não podia comungar e chorava em todas as missas por não poder receber o Corpo de Cristo. Foi então que, com muito medo e vergonha, me confessei pela primeira vez desde a minha Primeira Eucaristia.
Foi ali que me senti de fato perdoada, foi ali que eu me senti verdadeiramente amada.
Quando fui à missa depois disso e recebi Jesus Eucarístico, meu espírito gritou de alegria. Não havia mais volta; Jesus tinha me escolhido para ser filha dEle. Todos os dias, agradeço a Deus, por Ele, em meio de tantos amigos, de tantas pessoas no meu ciclo de convívio, ter me escolhido para ser dEle.
Depois de um tempo, uma amiga minha me apresentou o Shalom. Eu não conhecia esse lado carismático do catolicismo, sempre achei que o único jeito de ser católica era o tradicional, que é o que minha família segue. Quando conheci esse carisma, me encantei. Pedia para minha mãe para ir aos encontros, mas quase nunca conseguia. Com o tempo, fui desistindo de tentar ir. Então, me chamaram para o Acamp’s e fiquei muito animada.
Pedi para meus pais e foi muito difícil. Eles sempre foram muito protetores e sempre tiveram medo de deixar eu e minhas irmãs no mundo, com toda razão, mas eu sentia que precisava ir. Eu senti meu espírito pedir por aquilo. Eu precisava ir pra esse acampamento.
Depois de muitas orações e alguns amigos orando por mim, finalmente meus pais fizeram a minha inscrição e a das minhas irmãs, e fiquei muito feliz.
Não consigo pôr em palavras o alívio que senti por saber que eu iria ter essa experiência. Sempre botei muita fé no acampamento; tinha certeza de que nossas vidas mudariam lá e eu estava certa.
Durante a espera para julho finalmente chegar, comecei a me afastar porque me sentia sozinha. Eu não tinha nenhum amigo no meu ciclo de convívio com o brilho do Espírito Santo. Na escola, eu era a única; em casa, só eu e minha mãe, sendo eu carismática e ela tradicional. Então, mesmo tendo muitos amigos, pessoas com quem eu sei que posso contar, eu me sentia sozinha.
Eu não tinha entendido ainda que o único de quem eu realmente preciso, a única companhia que eu preciso, é Jesus. Eu achava que já tinha conhecido o amor de Deus, mas eu só me apeguei a um sentimento e não de fato a Ele. Eu me sentia sozinha e pedia muito a Deus por amigos na fé, por irmãos em Cristo e o Shalom foi uma luz para mim, mas como eu disse, nunca conseguia participar.
Eu estava distante de Jesus e me sentia mal por falar com Ele, não me sentia digna. Sentia que Ele estava bravo comigo. Eu me ajoelhava todas as noites e chorava, apenas chorava, mas os dias começaram a se repetir e eu não sentia alegria. Aquela chama tinha se apagado.
Quando a semana de ir para o Acamp’s chegou, algo em mim se acendeu, eu não estava entendendo aquele sentimento, Deus já tava me tocando de novo, antes mesmo de eu ir pro Acamps. Durante o acampamento, fui percebendo que nunca estive sozinha. Jesus falou comigo de inúmeras formas e me mostrou que, não importa o que aconteça, Ele sempre esteve e sempre estará comigo. Jesus me tocou de uma forma que eu jamais achei que seria possível ser tocada. Aprendi tanto com cada um naquele acampamento. Fiz as amizades que tanto pedi a Deus, os irmãos em Cristo que eu tanto pedi, me encontrei com Nossa Senhora e seu amor de mãe. Me encontrei com o mais verdadeiro, mais puro, mais justo, mais confiável, amor de Deus.
De várias coisas que Jesus me disse, a que mais me marcou foi a visão de um Jardim. Ele disse que antes eu estava em um jardim colhendo rosas, mas que essas rosas machucavam a minha carne sempre que as colhia para fazer um buquê. Isso me lembrou da minha caminhada, de como é difícil, pois nossa carne vai se ferindo a cada dia que passa, mas o nosso espírito vai se fortificando. Jesus me disse que eu iria entregar aquele buquê a Ele na Eternidade, mas para isso, eu precisava persistir. Ele me disse que eu não precisava temer. Tudo o que eu fosse falar, Ele falaria por mim. Tudo o que eu fosse fazer para a glória dEle, Ele estaria ali, me ajudando e me erguendo. Ele me disse que iria montar uma armadura em mim e que um dia, aquelas dores, os momentos difíceis, fariam sentido para mim. Foi aí que Ele disse: “Você é minha pequenina, minha pequena, e eu irei te guardar para sempre, minha menina.” Foi ali que eu soube que Deus nunca esteve com raiva de mim; eu estava com raiva de mim mesma por ter me afastado. Foi ali que eu realmente tive a certeza. Antes eu achava que tinha, mas agora eu sei que não sabia, eu não tinha ideia do quão grande é o amor de Deus por mim. Ele me ama, ama cada parte do meu ser.
Na Efusão, no último dia do acampamento, que eu de fato conheci o amor de Jesus.
Naquele momento, na minha fragilidade, percebi que o que faltava em mim era amor, era Ele.
Hoje posso dizer com certeza que conheço o amor, que de fato amo cada pessoa à minha volta, que de fato amo Jesus, meu maior amor. Posso dizer que meu maior prazer é estar com Ele.
O Shalom me ensinou que ser um jovem cristão é ser alegre, é levar essa juventude para o mundo, é não ter medo de gritar sobre o amor de Deus, é pular de alegria, é ser uma criança para sempre aos braços do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi observando a alegria do Shalom, de cada servo, que aprendi de fato o que é ser cristão. Hoje sou muito grata por cada um ali que nunca desistiu de me chamar para os encontros, que orou por mim. Sou grata por cada amizade, por tudo. Tenho tanto a dizer, mas tão poucas palavras… Sei que ainda terei inúmeras experiências na fé junto com essa comunidade que me recebeu de braços abertos e me abraçou. Mas sempre vou me lembrar da minha primeira experiência em um acampamento de jovens, uma experiência que jamais serei capaz de descrever.
Jesus me olha de perto, me ama de perto, como ninguém jamais amou e eu quero amá-lo e olhá-lo também, cada vez mais de perto.
Giovanna Maia
Grupo de oração Ronaldo Pereira
QUE BENÇÃO! QUE GOSTOSO OUVI-LÁ; PRECISAMOS VOLTAR AMOR DO PAI COMO CRIANÇAS
Que grande alegria é ver um coração que se deixa apaixonar por Jesus! A juventude é um tempo decisivo para uma mudança de vida verdadeira, pautada no evangelho
Que grande maravilha é descobrir e experimentar do quanto somos amados por Deus.
Bendito seja Deus por sua experiência e coragem em testemunhar o Grande Amor de Jesus que preenche nosso coração.
Deus abençõe!
Rezando por você 🙏