Ele disse ao profeta Natã: “Vê: eu resido num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!” (2Sm 7,2)
No Palácio Real habitas, Shalom do Pai, na Realeza,
mas nasces no estábulo, num coxo frio na pobreza.
Minha casa, um palácio se igualo ao coxo, Senhor!
Tenho cama com lençol, e se faz frio um cobertor.
Fecho-Te a hospedaria, do meu coração, Menino.
Deitas na fria estrebaria em um coxo duro bovino.
Envolto em faixas dormes, Admirável Príncipe da Paz.
Igual na Cruz elevo-Te, trato-Te pior que animais.
“Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”. (Lc 2,11-12)
Condenei-Te, ó Menino, deixei-Te no gélido lugar.
Vens do Alto dos Céus na frágil natureza entrar.
Pequeno e humilhado, nascido na manjedoura,
por que saíste do Pai para fazer esta loucura?
Por que vens sabendo que Teu nascer será igual
com Teu morrer na Cruz, Jesus, de maneira brutal?
“Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho.” (2Sm 7,14a)
Porque amas o mundo, e quer a todos proclamar:
“Meu Reino está próximo! Bateis à porta para entrar!”
Desapegou-Se de Si, fez-Se Deus presente.
Carregou os pecados e as misérias da gente.
Nasceste para salvar e mudar toda História.
Abriu-me o Céu, Jesus, engrandeço Tua Glória!
“O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.” (Is 9,1)
Vem, Senhor, renascer, reconstruir minha casa!
Jesus, no dia de Natal envolva-me, me abrasa!
Vinde, Espírito Santo, como Fogo Abrasador,
queimar meu coração, envolver-me com Amor!
Encarna dentro de mim, Jesus, até meu eu morrer.
Reforma a manjedoura, Tua morada no meu ser.
“Porque para Deus nada é impossível”. (Lc 1,37)