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Por que boas amizades ajudam a ser santo?

Conheça amigos que juntos caminharam em direção ao Céu e hoje são santos da Igreja.

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A amizade cuja fonte é Deus nunca se esgota, disse Santa Catarina de Sena.

Frases como essa, bem como passagens bíblicas como “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, encontrou um tesouro” (Ecle, 6,14) relatam o valor de uma amizade, e nos inspiram a criar verdadeiros laços capazes de vencer o tempo, a distância, as dificuldades e as diferenças de personalidade deixando que os laços que nasceram em Deus sejam canais de uma vida mais virtuosa.

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Muitos escritos além da Bíblia e dos relatos dos Santos falam sobre a amizade.

C.S Lewis, por exemplo, escreveu o livro “Os quatro amores” em que explica o amor por quatro perspectivas, sendo uma delas a amizade (philia). O autor enaltece a liberdade dos amigos como escreve em seu livro:

Em um círculo de Amigos genuínos, cada homem é simplesmente o que ele é: permanece como nada senão ele mesmo.

Reunimo-nos como príncipes soberanos de Estados independentes, num país estrangeiro, em campo neutro, libertados de nossos contextos. Este amor ignora (essencialmente) não somente nossos corpos físicos, mas essa inteira personificação que se consiste de nossa família, nosso trabalho, nosso passado e nossas conexões.”

Se a nível humano necessitamos de vínculos que nos unem pela admiração, lealdade, carinho, gostos e interesses comuns e pelo reconhecimento de que a vida do outro agrega ao nosso ser como pessoa, quanto mais o são esses laços quando encontram além da base humana um laço a nível espiritual, que transcende o mundo natural e foca o olhar das suas vivências nas experiências e frutos que não passam.

Reflexões de uma amizade que aponta o céu

Como eu e meu amigo podemos servir a Deus? O que podemos juntos colocar a serviço de um bem maior? Como posso buscar o céu do meu amigo? Reflexões como essas podem nos ajudar a viver uma verdadeira amizade com o olhar ancorado no céu.

A força da amizade – um caminho com Padre Pio*, filme distribuído pela Kolbe Arte, retrata a amizade de dois jovens cujo objetivo é escrever um livro sobre o Santo. Um exemplo de amizade que se põe a caminho e volta o olhar para o Sagrado. Esta inspiração é uma forma concreta de nos guiar para amizades consistentes, capazes de fomentar o conhecimento das coisas santas e dos homens de Deus.

>> Clique para assistir ao Trailler. *Em cartaz a partir de 23 de Novembro de 2023.

Conheça alguns amigos que contaram um com o outro e chegaram a Santidade:

Santo Agostinho e Santo Ambrósio

Agostinho ao partir para Milão como professor de Retórica foi recebido pelo Bispo Ambrósio, por quem logo se simpatizou pela sua bondade para com ele. Ao ouvir suas pregações, Agostinho estimava sua retórica e trazia em si a motivação de averiguar se a eloquência do Bispo era real como diziam.

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Esse processo sem que Agostinho o soubesse, o aproximava da Verdade que ele buscava e de seu processo de conversão, que ia se construindo ao contemplar a forma como o Bispo silenciosamente fazia suas leituras e os frutos das pregações que ouvia, embora não o fizesse inicialmente por gosto pela Verdade anunciada. Em Confissões Agostinho relata no livro VI se alegrar ao ouvir as pregações do Bispo sobre a interpretação da lei e a comunicação do Espírito e sua presença nas pregações de domingo, trazendo em si o desejo de partilhar com aquele homem cheio de compromissos e a quem admirava, suas dores e dúvidas.

Santa Teresa e São João da Cruz

A amizade entre eles tem seu início quando Teresa de Ávila, enquanto fundava o segundo mosteiro, reconhece no recém sacerdote traços de grandeza espiritual e amor a Jesus que a levaram a contar com ele para a reforma do mosteiro masculino, evitando que ele deixasse a ordem para seguir os Cartuxos. Ambos grandes mestres espirituais, dotados de habilidades comuns foram exímios escritores, deixaram lindos poemas e juntos empreenderam reformas nos Carmelos que foram frutuosas para a Igreja Católica.

São João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá

Ambos se encontraram pela primeira vez num Congresso Eucarístico em Melbourne, Austrália no ano de 1973, quando Karol Wojtyla era Bispo da Cracóvia. Novamente se encontraram no Congresso Eucarístico da Filadélfia. Encontros futuros ocorreram quando João Paulo II, visitou a terra natal de sua amiga. Madre Teresa pode em várias ocasiões visitar o Papa no Vaticano. Várias fotos disponíveis na internet mostram a marca da alegria no rosto de ambos ao se encontrarem.

Por certo podemos afirmar como Santo Tomás de Aquino:

“Não há nada neste mundo para ser mais valorizado do que a verdadeira amizade.”


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