Finalmente chegou o mês de outubro de 2007. No dia 20 desse mês, viveremos o grande dia da Diocese de Tubarão: a Beatificação de nossa Albertina Berkenbrock. Sem sombra de dúvida, uma grandíssima graça.
Por que é uma graça? São tantos os motivos:
1º Albertina com sua ousadia de ser santa, mexeu e mexe com todos nós batizados a respondermos radicalmente a vocação batismal à santidade. Se ela, Albertina, conseguiu responder sim, como batizada, por que nós não conseguirmos? Se ela ousou ser santa, por que nós não ousarmos também em ser santos/santas? Por isso, “sem medo de ser santo/santa”, é a palavra de ordem de Albertina para todos nós.
2º Albertina com sua vivência de filha querida, bondosa e heróica na família, bebendo do Evangelho toda a inspiração, mexeu e mexe com todas as nossas famílias a vivenciarmos mais o ser “Igreja doméstica”. Se ela, Albertina, conseguiu fazer da família seu chão para a vida cristã, por que nós não apostarmos mais na vivência cristã familiar? Por isso, sejamos mais “sagradas famílias” conforme o sonho de Deus.
3º Albertina com sua participação ativa na comunidade eclesial de São Luís, paróquia de Vargem do Cedro, mexeu e mexe com todos nós para construirmos uma Igreja diocesana que seja espelho da Trindade e sinal do Reino de Deus. E faremos isso, superando o individualismo egoísta e marcando presença efetiva na nossa comunidade, na nossa paróquia e na nossa diocese. Se ela, Albertina, conseguiu ser uma pessoa comunitária, por que nós sucumbirmos diante da mentalidade anti-comunitária dos nossos dias? Por isso, sejamos sempre mais “discípulos e missionários” de Jesus Cristo construindo a Igreja diocesana, espelho da Trindade e sinal do Reino de Deus.
4º Albertina com o seu martírio para defender os valores de Deus, entre eles, a dignidade da mulher, mexeu e mexe com todos nós para continuarmos a sonhar e lutar por uma sociedade que vive os valores de Deus. Sabemos que sempre mais as pessoas deixam esses valores de Deus fora da convivência social; não é por nada que caminhamos para uma situação que chega a ser caótica. Se ela, Albertina, conseguiu derramar o seu sangue, ainda jovem, para ser fiel à vontade de Deus e defender a vida em plenitude, por que nós não conseguirmos sonhar e lutar por uma sociedade pautada nos valores de Deus? Por isso, sejamos construtores de uma sociedade justa e fraterna, uma civilização do amor.
A Bem-Aventurada Albertina é uma “graça” para nós. Como “graça”, nós, Diocese de Tubarão”, a oferecemos “de graça” a toda a Igreja, a toda a sociedade pelo mundo afora para ser modelo de santidade, ser a “santa” dos jovens, ser uma menina-mulher-lutadora da dignidade feminina, ser uma menina-mártir-guerreira da vontade de Deus e da defesa da vida em plenitude.
*Dom Jacinto Bergmann é bispo de Tubarão (SC)
Fonte: CNBB