Trechos do Testemunho de Patty Mansfield
” …Conquanto me tenha parecido útil o estudo de Teologia em Duquesne, logo percebi que a minha ânsia não era somente aprender sobre Deus, mas sim, conhecer a Deus. Conhecê-lo de uma maneira mais profunda e mais pessoal…Aquele breve encontro com o Espírito Santo ensinou-me mais do que a vida inteira de estudo. Eu me senti capturada pela beleza e pela bondade do Deus vivo. A Caridade e o amor de Jesus me tinham arrebatado…”
” Foi importante que tivéssemos a atenção dirigida a Maria nos momentos iniciais do nosso retiro. Ela estava presente na Anunciação quando a Palavra tornou-se carne, assim como na Natividade, trazendo-nos Jesus ao mundo. Ela estava presente ao pé da cruz, quando recebemos a nossa Redenção, em Pentecostes, no instante em que nasceu a Igreja. No plano de Deus, era também necessário que Maria estivesse “conosco”, explicitamente naquele momento em que passávamos pela experiência de participarmos naquele fim-de-semana de um majestoso movimento do Espírito Santo. Os Padres da Igreja chamam Maria de “a esposa do Espírito Santo”. Como poderia ela deixar de estar presente naquela atuação do Espírito de Deus? “
“Ficou claro que na hora do serviço da penitência o Espírito Santo tinha muito que trabalhar, mostrando-nos a nossa culpa no pecado. Eu tive a compreensão de como todos nós nos assemelhávamos em nossa carência de misericórdia divina, quando escutei os meus amigos rezando e admitindo o quanto era pecaminosa a nossa existência. Só então fui capaz de, pela primeira vez na vida, oferecer uma oração espontânea em voz alta, seguida de lágrimas, envergonhada…”
“Tive então que admitir que, embora eu conhecesse e amasse Jesus, na realidade ele não estava no centro de minha vida. Eu ainda não o tinha sentido como aquele que me segura e sustenta, mantendo-me inteira, Aquele em torno de quem giram todas as outras pessoas, com seus projetos e seus interesses. Para ser sincera, a verdade é que era ainda eu quem estava no comando (ou pensava que estava…). Meu relacionamento com Jesus era de puro interesse…o meu interesse! Essa atitude poderia ser caracterizada pelo seguinte tipo de oração: ‘Senhor, abençoai os meus planos. Fazei a minha vontade, de acordo com o meu cronograma, ou seja: imediatamente. Amém”.
“Eu sempre havia acreditado, por força do dom da fé, que Jesus está presente em Pessoa no Santíssimo Sacramento, mas nunca tinha presenciado a Sua Glória. No momento em que me ajoelhei, meu corpo todo tremeu diante da Sua Majestade e Santidade. Em Sua presença fiquei cheia de deslumbramento reverencial. Ele estava lá…o Reis dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus do universo! Senti-me tomada pelo temor e disse para mim mesma: ‘Sai fora daqui, depressa, porque alguma coisa vai acontecer a você se permanecer na presença de Deus’. Mas, no entanto, sobrepassando o tempo, havia o desejo de permanecer diante do Senhor”.
“É, ao ficar alí ajoelhada diante de nosso senhor Jesus cristo no Santíssimo Sacramento, orei pela primeira vez na minha vida a oração que eu poderia chamar de rendição incondicional. Na quietude do recôndito do meu coração orei: ‘Pai, eu te entrego minha vida e, o que quer que Tu queiras de mim será a minha escolha. Mesmo se isso significar sofrimento, eu aceitarei. Ensina-me, somente a seguir o teu Filho Jesus e a aprender a amar com Ele “.
“E enquanto ali permaneci, fui inundada da ponta dos dedos da mão até a ponta dos pés pela sensação profunda do amor pessoal de Deus por mim…o Seu amor cheio de piedade. Fui particularmente atingida pela tolice absurda do amor de Deus por mim, um amor tão absolutamente imerecido e que me era dado com tão generosa grandeza. Não há nada que você ou eu possamos fazer para merecer o amor de Deus. Ele é dado livremente, generosamente, da abundância da sua bondade. O nosso Deus é um Deus de amor. Ele nos criou num ato de amor e para o amor nos destinou. Nós somos a Sua gente. Nós pertencemos a ele. Não importa o que tenhamos feito, não importa o que sejamos, Seu amor é para nós! Quando eu retorno em pensamento ao que aconteceu naquela capela, o que eu senti naqueles momentos foi captado e traduzido lindamente pelas palavras de Sto Agostinho: ‘Senhor, Tu nos criaste para Ti, e os nossos corações não encontram sossego enquanto não repousarem em Ti”.
“Cheguei a ter dúvidas sobre se Deus tencionava que aquela experiência abrangesse toda a Igreja, tendo em vista o fato de que não houve uma entusiástica reação em seu favor… mas o Senhor falou-me através de uma profecia que eu registrei: “Meu Espírito é para todos os homens. Eu prometi, eu darei. Abram os seus olhos, abram os seus corações, abram as suas mãos e as levantem a mim…” Ficou assim, definitivamente claro para mim que Deus desejava fazer fluir o Seu Espírito sobre todos os homens e mulheres deste mundo. Como nós, em Duquesne, havíamos sido beneficiados com uma nova efusão do Espírito Santo, tínhamos o dever de proclamá-lo para todas as pessoas que quisessem ouvir. Recordo-me que um dos nossos professores conselheiros na CHI RHO nos disse: ‘Os santos ainda estão lá fora’ Ele quis dizer que Deus ainda tinha gente Sua lá fora’, no mundo, que tinha a intenção de transformar e utilizar através do poder do seu Espírito. Poderia ser o nosso testemunho, o instrumento que os iria conduzir até Deus. Eles viriam a ser santos e a realizar grandes feitos para o Reino, enquanto que nos permaneceríamos, discretamente, na retaguarda. Mas seria o nosso testemunho o chamado que os empurraria para a frente, para o serviço de Deus”.
Consagrado da Comunidade de Vida Shalom Vanderlúcio Souza