Institucional

Precisamos de um ‘sacode’

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foto textoNa sociedade, hoje, alguns se dizem diferentes, outros indiferentes, e tudo passa a ser relativo. Vivemos no tempo de uma cultura do ‘normal’, e nada mais é diferente. O ‘ser’ e o ‘viver’, para alguns, são palavras sinônimas que implicam em um só significado na vivência individual. No entanto, não é sempre que consigo viver aquilo que sou. O ser faz parte da minha identidade, não são números do meu RG, mas aquilo que é íntimo, essência, como Deus me conhece.

Não caiamos no relativismo, em uma “cultura” que nega Deus, em uma cultura de morte que faz apologia ao aborto e ao suicídio, no relativismo também com relação à religião e à fé (achar que se pode professar duas ‘fés’ ao mesmo tempo) e à própria identidade de homem ou de mulher. Você é aquilo que Deus lhe fez! Só assim encontrará a verdadeira felicidade.

Quando descobrimos nossa vocação, descobrimos nossa identidade, algo íntimo que Deus fez para cada um de nós, que somos chamados a ter. Assim, precisamos optar pela vivência total daquilo que Deus nos chama, cada um em sua forma de vida. Viver sem nada reter. Só vale a pena se a oferta for total, e só quem ama é capaz de se ofertar em serviço.

Todos acham normal tudo no mundo, menos um jovem escolher deixar tudo para viver a radicalidade do Evangelho ou, em seu próprio dia-a-dia, testemunhar isso. Não acham normal alguém encontrar sua vocação e, assim, vivê-la, sendo celibatário, sacerdote ou optando por um matrimônio santo. Precisamos encontrar a Verdade da nossa vida.

Lembro que precisamos ser firmes e persistentes no que Deus tem para nós e o único caminho é a vida de oração. Agora precisamos “ir contra a correnteza” – como disse o Papa Francisco – e não esquecer quem nos chama. Se um dia achar que sua fé está pouca lembre da experiência que Deus lhe deu com Seu amor. Só não podemos nos render aos clamores da carne e do mundo, ao mero prazer hedonista, que não tem uma fonte contínua que lhes sustentem. Deus nos dá a Fonte que nunca seca.

Agora passo a ser diferente do mundo, e posso ser considerado louco em ir contra o que a sociedade apresenta como “grandes valores”. Graças a Deus, podemos ser vistos assim pois, quando pararem de nos ver dessa forma, haverá algo de errado com a vivência de nossa vocação, que implica em testemunho do Evangelho vivo e atual de Cristo. Como nos disse o Beato João Paulo II, sejamos “jovens que bebem Coca-cola, (…) jovens de calça jeans”. Devemos ser felizes por sermos católicos, professarmos nossa fé, por viver os ensinamentos da Igreja que é mãe. Felizes por ter conhecido o Ressuscitado que passou pela cruz. E sempre precisaremos de um “sacode” para poder acordar, ver que o mundo está a nossa espera e anunciar a Boa Nova: o verdadeiro “Shalom do Pai!”.

Eduardo Chaves
Postulante da Comunidade de Vida Shalom
Garanhuns (PE)


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