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Público do Halleluya tira dúvidas sobre afetividade e namoro no Espaço FZB

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O quarto dia de Festival Halleluya contou com a presença de Carmadélio Souza, membro da Comunidade Católica Shalom. Ele esteve no Espaço Fazendo Barulho, e tirou dúvidas sobre afetividade e namoro.

carmadelio souza fzbRelacionamentos saudáveis e curados – esse é o sonho de Deus para cada ser humano. Foi com essa certeza que o espaço Fazendo Barulho recebeu Carmadélio Souza para falar sobre o assunto. “Não há como você entender afetividade se você não entender quem é o ser humano.” – afirmou Carmadélio. “A afetividade é uma expressão da humanidade que conduz o ser humano a se dar ao outro através do Amor.” – completou.

Acompanhe a cobertura do Halleluya clicando aqui.

Assista também à transmissão ao vivo a partir de 19h neste link: comshalom.org/aovivo

O espaço estava repleto de pessoas de todas as idades que puderam fazer perguntas relacionadas ao tema para o entrevistado. Confira a seguir os temas retratados.

A dimensão do namoro e o conhecido “ficar”

“O ficar traduz uma relação superficial onde parece que eu quero apenas ‘tirar uma casquinha’ do outro. Se eu sempre fico, nunca vou ter a oportunidade de descobrir verdadeiramente quem é o outro. Às vezes o jovem diz assim: ‘eu nunca amei ninguém, nunca ninguém me amou.’ Mas não dá tempo de você descobrir se ama alguém ou se é amado por alguém se você não perde tempo com aquela pessoa. O namoro é uma vivência que o jovem precisa ter e que vai ajudá-lo a se preparar para um amor definitivo se ele for vocacionado ao matrimônio. E é importante por isso, porque é uma troca de experiências, de vivências: eu vou conhecendo a ‘cabeça’ daquela pessoa, o que ela pensa, as suas ideias, os seus valores, a família dela.”

Não ter medo da profundidade do Amor

“Muitos jovens dizem: ‘Quando eu tiver idade pra coisa mais séria, eu vou namorar. Como eu sou muito novo ainda, vou só ‘ficar’ porque aí vou aproveitando.’ Só que o jovem pensa que isso não deixa marcas. E deixa, porque vai deformando nele a capacidade de se dar ao outro, que é o que legitima um namoro e futuramente um casamento. Então, mesmo aqueles que levam o ‘ficar’ apenas por um momento, ou por diversão, eles não sabem, mas vão sendo pouco a pouco deformados na compreensão do que é realmente amar uma pessoa, e que isso é importante para, no futuro, decidir se vai casar ou não com ela.

Eu lamento muito porque tem jovem que nunca namorou, só ‘fica’. Resultado: ele nunca vai descobrir o amor, porque não perde tempo – é rápido demais. Fica apenas com as impressões superficiais da pessoa – o rosto, o corpo, se ela beija bem… E isso não é o suficiente para segurar uma relação. Pode ser até que segure no primeiro momento, mas como tem sede de algo mais consistente, corre o risco de viver eternamente passando de ‘braço em braço’ e, no final, terminar só.

Nós vemos o efeito disso no casamento. No Brasil, 50% dos casamentos acabam antes de completar cinco anos. E como a gente vai descobrir as razões pelas quais esses casamentos terminam tão rápido? Uma das razões é o fato de os jovens estarem despreparados, porque muitos deles não viveram adequadamente uma fase importante para o matrimônio, que é o namoro. O namoro é muito importante para você amadurecer, conhecer quem é a pessoa e também se conhecer, porque eu me conheço à medida em que me relaciono.”

O momento no espaço FzB terminou com uma breve oração comunitária e uma certeza: vale a pena viver a afetividade de maneira plena, livre e feliz. Em Deus, é possível!

 

Cássia Carvalho

Fonte: festivalhalleluya.org


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