Tenho experiências muito particulares com Sāo Francisco de Assis. Vim para o Shalom por causa da experiência que fiz com a alegria e pobreza de Francisco em outra comunidade. Queria ser como ele: totalmente apaixonada por Cristo e sempre aberta aos irmãos. Queria ser amiga dele. Em muitas decisões e discernimentos, eu me questionava como São Francisco reagiria. E experimentei muitos dos seus mimos, prova disso é o nome da minha antiga célula: São Francisco.
Sempre fui apaixonada pelos jovens (influência de São Joāo Paulo II) e com 16 anos já formava os jovens da Paróquia. Depois, Deus me deu uma profissão: Professora. Pela profissão agora, de fato, eu poderia ser auxílio para as inquietações dos jovens, estar mais próxima deles. E assim eu fiz.
Mas depois de alguns anos na educação pública comecei a desanimar, seja pelas estruturas físicas, os problemas familiares, ameaças de morte, a morte de muitos alunos e tantas outras situações. Essas situações começaram a me questionar acerca da educação e estipulei um tempo para sair dela.
Quando estava para sair da educação (aquele prazo que mencionei), um colégio particular que eu havia entregado currículo há 3 anos antes, haviam me chamado para uma entrevista. O nome do colégio: São Francisco. Na mesma semana que eu havia ganhado sua relíquia.
E Deus me deu um novo olhar para a educação. Eu precisava e preciso fazer a diferença na vida deles. E eles também precisam ter esse olhar. Então, montamos um projeto, eu e os alunos, onde o foco é: só escutar. E hoje vou colhendo testemunhos deles, do quanto estão felizes por fazerem a diferença, por serem este olhar de esperança.
É claro que a evangelização precisa ser explícita, Jesus precisa ser anunciado com a nossa voz. Entretanto, a evangelização implícita, com esse olhar de amor, cuidado e esperança também gera raízes profundas. Ser professora é muito desafiante nos dias atuais por várias situações. Mas, por meio de São Francisco, pude redescobrir a beleza da educação e no jovem, amar a Deus.
Que São Francisco nos ajude e ensine a redescobrir a alegria impactante do Evangelho e nos faça disponível aos outros.
Kelli Castor, 30 anos, Consagrada da Comunidade de Aliança no Shalom Santo Amaro