Raphaella Vieira, mais conhecida como “Raphinha”, nasceu em 16 de outubro de 1997, em Fortaleza (CE), sendo a mais nova de 4 filhas. Ao olhar para história dela desde o ventre materno, já se enxerga a escolha e o desejo de Deus pela vida, pois, durante a gestação, a mãe teve um problema que colocaria em risco a vida de ambas.
E assim, a mãe apegou-se à Nossa Senhora e prometeu que colocaria o nome de Raphaella na filha, que significa “curado por Deus”. Por um milagre, a enfermidade que a acometia desapareceu.
Raphinha era diferente
Raphinha sempre foi uma criança doce, amiga, amorosa e divertida. Na adolescência chamava atenção das pessoas ao redor por exalar autenticidade, alegria e pureza, diferente da maioria dos outros jovens da mesma idade.
Em 2012, aos 14 anos, conheceu a Comunidade Católica Shalom, por convite de uma amiga, local onde deu início ao processo de conhecer um amor totalmente novo e único. Em Julho do mesmo ano, participou pela primeira vez do Acamp’s, onde fez o Seminário de Vida no Espírito Santo.
O amor de Deus permanece
Após essa forte experiência com o amor de Deus, aquela jovem que dizia querer desistir ali mesmo na fila do ônibus ao se deparar com inúmeras dificuldades que se apresentaram, nunca mais desejou outra vida que não aquela que o Seu único, verdadeiro e concreto Amor desejava para ela.
“Eu realmente acreditava que era feliz, mas só Ele sabe o quanto eu me escondia naquele sorriso. E incrível mesmo foram os percalços para ir pro Acamp’s. Foram inúmeros! E por inocência, eu pensei em desistir ali, na fila mesmo. Uma coisa é certa: o caminho de Deus não é o mais simples, mas é o mais feliz.[…] E na segunda adoração, eu realmente tive uma experiência de abertura de coração. Pude ver que Deus nunca se afastou de mim!” Raphaella escreveu este testemunho, e divulgou no Facebook.
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Raphinha descobriu, naquele momento, naquele salão vermelho do Acampamento de Jovens Shalom, que tudo aquilo que havia vivido até àquele momento não era nada perto desse grande tesouro, antes escondido, e que agora havia se revelado para ela.
“Eu pude escutá-lO de verdade. Um Deus belo. Um Deus cuja beleza aumenta à medida que nos aproximamos dEle. E mesmo diante da minha pequenez, de uma alma ferida pelos pecados, Ele revelou o Senhorio na minha vida. E essa é a felicidade verdadeira, a que eu procurei em tantos lugares, tantas pessoas, tantas emoções, mas que eu só encontro nEle.”
Ao contrário do jovem rico, ao se deparar frente a frente com o Senhor, ela não hesitou em, a cada dia, decidir por seguir o Seu Amado, entrando, logo após o ACAMP’S, em um grupo de oração para jovens aos sábados. Com isso, vieram evangelizações, vigílias, e muitos serviços – consequentemente, o crescimento do amor e decisão por Deus, além do desejo de fazer com que muitos outros jovens também conhecessem o Amor que ela conheceu.
“E a partir dessa experiência eu pude ter um novo olhar, um novo sorriso, uma nova maneira, uma nova esperança, uma nova EU. Eu chorei como um recém-nascido. Aliás, eu realmente nasci de novo. Foi como um primeiro choro, de liberdade, de felicidade, de uma imensidão de sentimentos bons.”
Uma pastora amorosa
Em 2015 ingressou no ministério do Pastoreio, no Shalom da Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. Era uma pastora dedicada, amorosa e tinha as ovelhas como uma grande prioridade, chegando a abdicar, inúmeras vezes, de si mesma e dos estudos. Um dia disse para uma amiga, se referindo às ovelhas: “Eu as amo tanto que dói!”. Buscava ser sempre presente em suas vidas e os tratava, verdadeiramente, como filhos, mostrando o amor encarnado em cada atitude.
Ao longo dos anos, aquela jovem de 14 anos cresceu, amadureceu e deu passos firmes na caminhada com Deus, sempre buscando retornar ao local onde teve sua primeira experiência com Ele, além de arrastar consigo muitos que precisavam fazer a mesma descoberta.
Em 2016, alguns meses antes da sua páscoa, chegou a doar a sua inscrição para o Acamps a uma ovelha que desejava muito ir e não tinha condições financeiras. Pela providência divina, mesmo após a doação, ela também conseguiu estar presente pela última vez no lugar que mudou sua vida para sempre.
A descoberta do amor
O desejo de doar a vida foi selado naquela primeira experiência, naquele Acampamento de Jovens de 2012, assim como escreveu em seu testemunho:
“[…] Hoje posso dizer que sou verdadeiramente feliz! Eu descobri o Amor! O Amor que transborda e me impede de guardar só para mim, que me faz aspirar cada vez mais que cada um tenha a mesma experiência que eu!”
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O Amor por Jesus transparece para todos aqueles que conviviam com ela. Mesmo em meio a correria do cursinho – tinha o desejo de cursar Medicina – e do apostolado no Pastoreio, não podia ficar um dia sem o seu Amor. Dizia que Jesus e Maria eram seus melhores amigos, e, por isso, precisava falar com eles todos os dias.
Muitas vezes chegava a acordar de madrugada para conseguir rezar antes de sair para o cursinho. Se confessava com frequência e buscava estar com Jesus na Eucaristia.
A santidade no ordinário na juventude
Raphinha testemunhou que é possível buscar a santidade ainda na juventude. Que na simplicidade diária, na correria da rotina, nas exigências do trabalho e estudos, é possível amar Jesus em cada minúcia cotidiana e ofertar, à Ele e aos outros, o tempo, a disposição – a própria vida. Mesmo tão jovem, cheia de planos e sonhos, não tinha receio de submeter-se à vontade de Deus e ter Ele como sua primazia – e, assim, também ter tantos rostos pelos quais se gastava.
Deixava sempre expressou esse desejo ao seu Melhor Amigo: “Dá-me um coração puro, um coração pobre, que reconhece que antes de tudo, TUDO É TEU, nada pertence a mim.”
A vida dela também demonstra que para ser santo não é necessário realizar feitos grandiosos. Basta possuir um coração ardentemente apaixonado por Deus e por Sua vontade, seja ela qual for. Basta ter o desejo radical de já viver o Céu nesta Terra, sendo fiel à voz de Deus nas pequenas e grandes coisas.
Dizia ela: “É possível SIM viver o céu aqui na terra, todos os dias. Que este seja o maior desejo de todos os dias! Que eu seja amor, que ame as pessoas sem distinção, que eu aprenda a partilhar os meus bens, talentos, dons, conhecimentos, porque, de fato, nada pertence a mim, tudo provém de Ti. Meu Amor, tudo é teu e para Ti. Se Tu queres, eu também quero.”
Raphaella Vieira sempre reconheceu o quanto se sentia pequena. Apesar de querer ser uma grande fornalha para iluminar a escuridão do mundo e alcançar tantas outras pessoas para conhecerem o amor de Deus, tinha consciência da sua pequenez. Apesar disso, não parou nas incapacidades e, inflamada pelo amor de Deus, uma vez partilhou em um retiro, após o momento de oração:
“Uma faisquinha de Jesus pra iluminar a escuridão da humanidade!”
Nossa Faisquinha, que tanto desejava ser luz de Cristo para o mundo, nunca olhou para trás após descobrir o verdadeiro Amor naquele Acampamento de Jovens. Ela encontrou sua pérola preciosa, seu tesouro escondido pelo qual valia a pena tudo ofertar e tudo perder em vista de algo muito maior: – que acreditamos que já tenha alcançado, quando fez sua Páscoa, em 2016 – seu precioso Céu!
Com ela, também queremos dizer: “Eu encontrei, galera! Eu encontrei o Amor! O grande amor da minha vida!”
Conheça mais sobre a Raphinha pelo instagram: @raphinhavn
Lindo texto , parabéns Meninas.