As vidas dos cristãos só tomam sentidas a partir da sua plena comunhão com Cristo. Neste mês dedicado as vocações, vamos neste domingo rezar pelos nossos pais para que eles possam cumprir com alegria a missão que o Senhor lhes confia dentro da família. Deus é Aba, que quer dizer paizinho querido. Que todos os pais sintam em seus corações a grande missão de estarem sempre junto as suas esposas na educação e orientação de seus filhos.
OREMUS: Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.
EVANGELHO (Jo 6, 41-51):
Naquele tempo, os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é minha carne dada para a vida do mundo”.
“QUEM COMER DESTE PÃO VIVERÁ ETERNAMENTE”.
Toda pessoa humana busca o eterno. O alimentar-se com a vida divina que nos é dada através da Eucaristia nos faz novas criaturas dando-nos a capacidade de pelo poder de Deus sermos ressuscitados.
O mistério da comunicação de Deus com suas criaturas passa automaticamente pela presença dele no meio de nós. Se a Igreja perdura todos estes séculos sem sofrer tantas divisões como acontecem com outras religiões é graças a presença real de Jesus no mistério eucarístico.
É uma alegria para nós cristãos termos a certeza, de que mesmo vivendo dentro de nossas limitações, Jesus está sempre presente no meio de nós. A presença de Jesus é transformante e renovadora. Precisamos nos transformar na eucaristia que celebramos e recebemos. O processo de ressurreição ou de eternização na nossa vida começa com a comunhão de nossa existência com a divina. Para recebermos Jesus devemos configurar a nossa vida com a dele.
A fome do eterno continua ativa dentro de nosso coração. Não podemos criar substitutivos alienantes da nossa própria realidade. A pessoa humana só será feliz com uma relação profunda com o Eterno. Mesmo tendo todos os bens deste mundo, sem esta relação, a vida se torna vazia e superficial.
Deus vem até nós. Baixa para que nós possamos subir. Quem souber perder saberá ganhar. O cristão deve aprender constantemente que na derrota aparente da cruz está a vitória final. O sofrimento momentâneo do seguimento não se compara com a alegria e a felicidade permanente dos que se comunicam com Deus.
Comungar é aceitar o Cristo por completo com sua vida paradoxal e contraditória. Nunca seremos elogiados e valorizados pelo mundo guiado pelas relações comerciais. O ser humano está muito distante de sua verdadeira realização. Quando fazemos a experiência de perdão e de comunhão a nossa vida se transforma em fonte de realização e amor.
“Senhor Jesus venha sempre nos libertar de nosso próprio egoísmo e vaidade…”.
Fonte: Frei Giribone