Shalom

Respeitável Público: É chegada a hora da alegria

No dia do Palhaço, trazemos o testemunho de uma consagrada da aliança Shalom que leva a alegria de Cristo aos hospitais do Rio de Janeiro

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Brincadeiras, gargalhadas e muita alegria. Essa é a missão do palhaço. Desde a década de 1960, o personagem circense saiu dos picadeiros e assumiu um novo palco, as alas dos hospitais, levando alegria a pacientes e médicos. A terapia da alegria, que teve origem com o médico americano Hunter Adams, ou “Patch Adams”, se espalhou por diversos países. E hoje, no Rio de Janeiro, em uma das trupes que desenvolve esse trabalho encontramos uma consagrada da Comunidade Católica Shalom, Lenita Magalhães.

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Atuando há seis anos na Trupe Miolo Mole, Lenita conta que despertou para esse trabalho ainda na adolescência. “A primeira vez que eu vi os Doutores da Alegria no programa do Gugu, meu coração se inflamou de uma forma tão grande, porque para mim foi incrível saber que era possível juntar o palhaço e levar alegria a hospitais, a locais de vulnerabilidade. E como sempre foi uma característica minha o humor, eu fiquei encantada com aquilo”, lembra.

Anos mais tarde, Lenita conheceu a Trupe Miolo Mole e teve a oportunidade de fazer a Escola de Palhaçaria. “Desde então eu não quis parar, a minha vida criou um sentido novo através desse trabalho. E não há nada mais feliz para mim do que levar alegria aos hospitais sendo palhaço”.

Alegria de ser Shalom

Apesar de não poder anunciar explicitamente a pessoa de Cristo durante as visitas aos leitos de hospitais, Lenita acredita que é possível transbordar o amor de Deus através das brincadeiras. “Dentro do meu coração eu tenho a convicção de que em todas as visitas que eu faço eu estou levando o Shalom, eu estou levando a paz. É algo que não é artificial. Em todas as visitas eu clamo o Espírito Santo e eu acredito que levar essa alegria é levar o Shalom, é a minha forma de ser Shalom naquele hospital”. E completa, “independente de eu falar de Cristo ou não, eu tenho plena convicção que a pessoa vê Deus em mim, por aquilo que eu transbordo”.

Experiência com a ternura de Deus

De acordo com Lenita, a cada visita Deus oferece uma experiência nova de ser canal do amor dEle. Para ela, o trabalho como palhaço exige sensibilidade para perceber as necessidades das pessoas e poder levar a alegria que elas precisam experimentar.

Em uma de suas visitas mais marcantes, ela foi surpreendida com a ternura e acolhimento de uma idosa. “Quando a gente começou a fazer a visita, eu vi que tinha uma senhorinha que estava sozinha no canto, sentada na maca dela e olhando para o nada. E eu pensei: ‘eu vou ali’. E fui cheia de energia, fui correndo, querendo falar com ela. Mas, quando eu estava pronta para falar, ela pegou a mão dela e tocou no meu rosto. Naquele momento eu perdi a fala. A gente ficou praticamente um minuto olhando uma para outra e ela foi fazendo um carinho no meu rosto. Chorei obviamente, um choro de emoção”, conta.

“Acho que foi a experiência em que eu não precisei fazer nada, não precisei usar o meu corpo com energia nenhuma. Eu acredito que aquele momento de troca de olhares foi o que ela e eu precisávamos. Foi uma troca incrível. Então eu peguei na mão dela, segurei, dei um beijo e começamos a conversar”, finaliza.

O atendimento terapêutico de palhaços nos hospitais é reconhecido mundialmente e diversas pesquisas revelam os benefícios que a presença deles geram ao tratamento médico.

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