A Comunidade Católica Shalom no Rio lança a campanha “Manjedoura da Misericórdia”. Esta é a forma de se preparar para o Natal, retomando a tradição do Shalom de viver uma campanha no tempo litúrgico do Advento.
Segundo a cofundadora da comunidade, Emmir Nogueira, a campanha também se insere no coração da Igreja, no Ano da Misericórdia. E lembra: “Vamos construir a Igreja do Ressuscitado“.
No lançamento da campanha, Emmir ressaltou o que diz os Estatutos da Comunidade sobre o Advento. “É um momento de, como família, no mundo inteiro, nos reunirmos para gritar a todos que é Natal, que Jesus nasceu para nos salvar”, disse. “Tudo é evangelização. Tudo pela propagação do Evangelho. Tudo é do Senhor para a evangelização, a minha família, meus bens, minha esperança. Somos uma bela família, que se chama Igreja, que proclama que Jesus nasceu. Vamos nos unir pela oração, na partilha de bens, e da vida”.
“O Advento tem que preparar nosso coração para o Ano da Misericórdia. O Papa abriu a Porta Santa. E precisamos estudar a bula Misericordiae Vultus”, afirmou Emmir, ensinando sobre como viver o Advento. “Devemos participar da campanha Manjedoura da Misericórdia”.
Ela explicou que Maria transformou o estábulo na casa de Jesus. “Queremos transformar o mundo (lugar de guerra, racismo, relativismo, hedonismo, individualismo) em uma manjedoura de misericórdia, com nossa pobre partilha mas com uma montanha de ternura. Teremos algumas atividades para viver a misericórdia”.
Emmir citou a bula Misericordiae Vultus: “O rosto da misericórdia é Jesus”. Para ela, deve-se viver o advento com misericórdia. Ela motivou a todos a vender o boleto de doação para a construção da Igreja do Ressuscitado. “Uma igreja é um lugar de encontrar a Deus, o rosto da misericórdia. Quantas vezes entramos na igreja quando sentimos angústia, dores”.
A Campanha “Manjedoura da Misericórdia” terá como ferramentas de divulgação um jingle, botton, a vivência de obras de misericórdia (espirituais e corporais). “Limpe o coração para o Natal”, animou. “O despojamento é desprender-se de algo em vista da evangelização. Quando tenho medo de vender o boleto é porque estou escravo da minha imagem”.
Muitas pessoas, diante das contas pessoais para pagar, podem dar argumentos e justificativas para negar a doação, mas Emmir ensina a olhar além, com os olhos no céu. “Deus cuida”, disse. “Deus deu seu filho e, com ele, todas as coisas. Quem dá a vida dá todas as coisas para Deus. A segurança não está no dinheiro. Onde colocar nossa segurança? Sabemos que os investimentos estão sendo cortados. Mas em quem você põe sua segurança?”, questionou. “Quando amo Jesus não tenho vergonha de vender boletos, de vestir os pobres, de comer com os mendigos. Precisamos fazer o necessário”.