“Sempre que possível, fala de amor e com amor a alguém. É bom para os ouvidos de quem ouve e para a alma de quem fala”, Santa Dulce dos pobres
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes é o nome de batismo da que mais tarde seria conhecida como o Anjo bom da Bahia. Nascida no dia 26 de maio de 1914, é a segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Perdeu sua mãe quando ela tinha apenas vinte e seis anos e a pequena Maria Rita apenas seis. Na sua infância gostava de jogar futebol e soltar pipa.
Desde cedo demonstrou sua predileção pelos pobres e enfermos, influenciada por seu pai que atendia a população carente e apoiada por sua irmã Dulcinha, aos treze anos atendia a todos que vinham a porta de sua casa a todos os necessitados que a buscavam e sua casa ficou conhecido como Portaria de São Francisco, nesse mesma idade ela começou a se sentir chamada a vida religiosa.
Alguns anos depois, após se formar como professora, ela entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus na cidade de São Cristóvão em Sergipe, quando recebe o hábito de religiosa escolhe para si o nome de Irmã Dulce em homenagem a sua mãe.
Sua primeira missão como freira foi ensinar numa escola na Cidade Baixa em Salvador, porém seu pensamento estava com os pobres e o desejo de seu coração era poder servi-los. Em 1935 começa seu trabalho efetivamente com a comunidade mais pobre de Alagados, prestando assistência aos operários e seus filhos, nessa mesma época inauGurou uma escola pública e teve licença de sua superiora para atender a pobres e enfermos em um abrigo no galinheiro do convento de sua congregação.
Conheceu a Madre Teresa de Calcutá em 1979 e São João Paulo II, Madre Teresa visitou Salvador como pedido do Bispo local que queria que ele abrisse uma casa de sua congregação em Alagados, Salvador, e São João Paulo II no ano seguinte, na ocasião de sua primeira visita ao Brasil, onde fez questão de incluir Salvador em sua rota para conhecer as obras sociais de Irmã Dulce.
Em 1983, foi inaugurado o Hospital Santo Antônio, considerado pelos baianos mais um milagre de Irmã Dulce, de onde a fama se espalhou que ela tinha construído o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Em 1984, funda a Associação Filhas de Maria Servas dos Pobres, com o intuito de manter o carisma de sua Obra.
O fim da sua vida consumida foi caracterizado pela enfermidade e por problemas respiratórios, foi internada e sofreu durante muitos meses, sofrimento caracterizado pelo silêncio e acolhimento. São João Paulo II que a visitou em seu leito disse que seu sofrimento era como o de Jesus “o sofrimento dos inocentes”.
Viveu a doação total da sua vida até o fim, sem reter nada, em um cuidado terno e materno por aqueles que seu Deus lhe confiava.
Fez sua páscoa no dia 13 de março de 1992 aos 77 anos na cidade de Salvador, foi sepultada no dia 15 seguida por uma grande multidão, aclamada como “Mãe dos pobres” e “Anjo bom da Bahia”. O Papa Francisco a canonizou no dia 13 de outubro de 2019 se tornando a primeira santa brasileira.
“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos.”
Santa Dulce dos Pobres! Rogai por nós!
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