Igreja

Santa Missa de imposição de pálio a Dom Gregório reúne Igreja de Fortaleza

A Santa Missa foi presidida por dom Gregório Paixão, OSB. A celebração teve a presença de Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico do Brasil, que realizou a imposição do pálio como um símbolo de unidade com a Igreja e compromisso pastoral do Arcebispo de Fortaleza

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A Missa de imposição do Pálio Arquiepiscopal a Dom Gregório Paixão, OSB, pelo Núncio Apostólico, Dom Giambatista Diquattro, aconteceu nesse sábado, dia 6, às 10h, na Catedral Metropolitana de Fortaleza. 

No último sábado, 29 de junho, Dom Gregório esteve em Roma em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, em que o pálio foi abençoado e entregue a ele, e mais quatro novos Arcebispos brasileiros. A cada ano o Papa entrega aos novos Arcebispos o pálio. No total, foram 42 arcebispos de todo o mundo que receberam a insígnia nesse ano. A cerimônia de entrega, tradicionalmente, realiza-se no dia 29 de junho, Festa de São Pedro e São Paulo.

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Estiveram presentes na celebração, o Bispo Auxiliar de Fortaleza Dom Valdemir Vicente, O Bispo emérito de Fortaleza Dom José Antonio, além de outros Bispos do Nordeste. Sacerdotes, membros de institutos e comunidades religiosas, e leigos de vida consagrada, em grande número vieram participar da celebração que expressa a comunhão e pastoreio na Igreja. Moysés Azevedo, Sacerdotes, e membros da Comunidade Católica Shalom também estiveram presentes.  

O governador do Ceará Elmano de Freitas e sua esposa Lia Freitas marcaram presença, além de outras autoridades civis. A Missa foi transmitida por três emissoras de TV – Evangelizar, Rede vida e TV Ceará – duas rádios – Rádio Shalom e FM Dom Bosco e pelo canal do youtube da Arquidiocese de Fortaleza.

Acompanhe

Rito de Imposição do Pálio

No início da celebração, o Núncio Apostólico explicou a simbologia do pálio:

“O pálio nos lembra do jugo sagrado de Cristo que é colocado sobre todos os Batizados. (…) É um jugo de amizade, mas também é exigente (…). O pálio é feito de lã (…) e nos lembra o cordeiro que morreu por amor a nós (…) ele nos lembra que somos pastores de um rebanho que não é nosso, mas de Deus. O Pálio também significa comunhão com Pedro (…). Ele também expressa a colegialidade e sinodalidade da Igreja, ninguém é pastor sozinho!”.

Após esta fala de Dom Giambatista Diquattro, Dom Gregório Paixão fez seu juramento, conforme o rito próprio dessa celebração, e todos participaram da oração de imposição do pálio e testemunharam o momento em que o Arcebispo de Fortaleza recebeu a imposição. No final da celebração, Dom Gregório agradeceu a presença de todos, em especial do Núncio Apostólico, reafirmando sua comunhão e obediência a Santa Igreja.  

Homilia de Dom Gregório

Em sua homilia, Dom Gregório Paixão, comentou sobre o evangelho de João 21, 15-19, em que Jesus se apresenta ressuscitado aos discípulos e fala com Pedro sobre amor e pastoreio. O Arcebispo falou do caminho percorrido por Jesus de sua morte até a ressurreição, e ressaltou que naquele momento narrado nesse trecho do evangelho, há um encontro especial entre Jesus e Pedro. 

“Não podemos esquecer a cultura do ressuscitado, Jesus carrega as marcas do seu povo, a linguagem de seu povo, a alegria do seu povo, a história do seu povo. Existe também na força do ressuscitado e cultura de um carpinteiro, um homem do povo, e Ele se dirige também a um homem do povo, um pescador. As palavras que Jesus dirige a Pedro são muito significativas porque não fazia parte de um vocabulário comum de um homem para o outro. (…) As palavras do Senhor geram um certo constrangimento, porque falam da história de amor que os dois construíram: ‘Pedro, tu me amas’. Jesus estava falando do amor oblação, um amor profundo. Constrangido, Pedro responde de uma forma diferente, não falando do amor profundo, mas falando de gostar, como se dissesse: ‘Sim Senhor, eu gosto do Senhor’. Na terceira vez Jesus muda a pergunta: ‘Pedro, você gosta de mim?'”.

Dom Gregório afirmou que mudando sua pergunta, Jesus foi capaz ler o coração do apóstolo, que tinha humildade, que admite que não é capaz de amar como deveria. Falando da morte de Pedro, o Arcebispo afirmou que apenas no final da vida, o apóstolo pôde responder aquela pergunta de Jesus demonstrando e vivendo um amor profundo. Isso só aconteceu porque Pedro viveu uma vida de entrega a Jesus, afirmou o clérigo citando vários momentos em que o apóstolo pregou, sofreu e lutou para viver sua missão.

Assim, Dom Gregório afirmou que é à luz deste Evangelho, que ele acolhe a imensa graça da imposição do pálio, mesmo sendo como Pedro, com muitas limitações. Falando sobre responsabilidade do Arcebispado, ele ressaltou o força e importância da unidade no seio da Igreja:  

“Este símbolo não é outra coisa senão sinal da minha unidade com o Papa Francisco, sinal de minha unidade com toda a Igreja católica apostólica romana, sinal de que, mais do que nunca, não por um cargo, mas por um encargo, ou seja, uma missão, devo testemunhar Jesus Cristo”. 

Sobre a caminhada contínua da vida cristã, e o reconhecimento de que nem sempre correspondemos ao que o Senhor pede de nós, o Arcebispo afirmou que se hoje Jesus perguntasse, “Gregório, tu me amas?”, ele seria obrigado a responder, “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu gosto do Senhor”. Ele afirmou ainda que hoje sente uma grande alegria em continuar a caminhada na qual Deus o confirma, e que vê o imenso rebanho que está ao seu lado, para que ele seja servidor de todos, realmente de todos, sem exceção.

“O que trago sobre meus ombros é tão somente o encargo de levar as ovelhas sobre as costas, de entender seus sentimentos, de incentivá-las a voltar ao caminho da vida, de fazer com que creiam no evangelho. Ao mesmo tempo que minha vida precisa ser um testemunho de evangelho para as irmãs e irmãos que me foram confiados. Não posso ter medo, não estou sozinho!(…) Conto com toda a Igreja, conto com vocês”.

O Arcebispo falou ainda do apelo missionário da Igreja, que precisa sair para ir ao encontro das ovelhas que estão fora do redil: “Se o coração não arder, os pés não andam”. Ele ressaltou que todo o esforço e trabalho de nossa vida cristã deve nos ajudar a responder no final da vida, como Pedro respondeu, com um amor profundo e oblativo.

Dom Gregório finalizou mencionando sua visita a um convento no dia anterior acompanhado de Dom Giambatista Diquattro, em que o Núncio deixou as irmãs muito reflexivas a perguntar se elas viviam algum tipo de dificuldade na missão. Ao ouvir a resposta das irmãs que disseram que sim, o Núncio afirmou que as dificuldades continuariam e até aumentariam, porque seguimos um Senhor que mesmo vivo, ainda está chagado. Essas lutas mostram a alegria de uma vida plenamente humana que é tocada pelo divino, que vive superações porque a morte não tem a última palavra. O Arcebispo citou ainda uma história de São Lourenço em que apresentou toda a riqueza da Igreja, levando ao imperador da época os pobres que encontrou nas ruas. Ele afirmou que a riqueza da nossa Igreja é o povo, cada ovelha do rebanho.

Quem é o Núncio Apostólico?

O Núncio Apostólico tem dupla missão em um país. A primeira consiste em representar o Romano Pontífice (Papa Francisco) e a Santa Sé, no Brasil, onde, tendo status de embaixador, ele é o decano do Corpo Diplomático junto ao governo. A segunda é de caráter pastoral, cuja tarefa é transmitir as mensagens do Santo Padre para todas as dioceses do Brasil. Ele também é responsável por indicar ao Papa a nomeação dos bispos.

O atual Núncio Apostólico no Brasil é Giambattista Diquattro. Dom Giambattista Diquattro nasceu em 18 de março de 1954, em Bolonha. Em 24 de agosto de 1981, foi ordenado sacerdote na Igreja Catedral de San Giovanni Battista, em Ragusa, para o clero secular da diocese de Ragusa. Em 2 de abril de 2005, São João Paulo II o nomeou Núncio Apostólico no Panamá. Em 29 de agosto de 2020, o Papa Francisco o transferiu para a Nunciatura Apostólica no Brasil.  

História

Originalmente o pálio era o manto usado pelos filósofos e na arte paleocristã, eram pintados neste “manto” Jesus e os apóstolos . Esta prática foi posteriormente adotada também pela Igreja Cristã, com um uso semelhante ao do omoforion (uma tira de pano), muito mais larga que o pálio, atualmente usada pelos bispos ortodoxos e pelos bispos católicos orientais de rito bizantino.

O pálio era originalmente uma única tira de pano enrolada nos ombros e caída no peito na altura do ombro esquerdo; nos primeiros séculos do cristianismo foi trazido por todos os bispos. Podemos ver nas iconografias que representam os primeiros bispos e santos, como Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São João Crisóstomo, Santo Inácio de Antioquia, São Hilário e outros.

O primeiro caso conhecido de imposição do pálio a um bispo remonta a 513, quando o Papa Simmaco concedeu o pálio a São Cesário, bispo de Arles. A partir do século IX reduziu-se ao formato atual de “Y”, com as duas extremidades descendo abaixo do pescoço até o meio do peito e nas costas e se tornando a marca registrada dos arcebispos metropolitanos que o obtiveram pelo papa. O Papa João Paulo II, por ocasião da noite de Natal de 1999, abertura do Jubileu de 2000, usava um omoforion com cruzes vermelhas.

 
 
 
 
 
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Visita do Núncio Apostólico à Comunidade Shalom

Dom Giambattista Diquattro visita ainda no sábado, dia 06 de julho, a Diconia Shalom em Aquiraz. A sede da Comunidade Católica Shalom se alegra em receber o representante do Papa Francisco que conhecerá a Igreja do Ressuscitado, além de outros locais da Diaconia Geral e dará uma palavra aos presentes na visita. O evento é aberto aos membros da Comunidade e público em geral. 


Comentários

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