Tão popular que mereceu já a atenção de Bento XVI numa de suas catequeses semanais, mais precisamente em 10 de fevereiro de 2010. Recordemos alguns trechos daquela ocasião.
“Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva os seus despojos mortais, mas em todo o mundo. São queridas aos fiéis as imagens que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus no colo, em recordação de uma milagrosa aparição mencionada por algumas fontes literárias” – disse o papa.
Ainda em Portugal, Fernando, que viria a assumir o nome de Antônio, foi recebido entre os Cônegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois de sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores, com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.
O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.
Para o atual papa, “Antônio contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e principalmente, fervor místico”.
Em sua catequese, Bento XVI falou num “ensinamento muito importante também hoje, quando a crise financeira e os graves desequilíbrios econômicos empobrecem não poucas pessoas e criam condições de miséria”.
“Antônio convidou várias vezes os fiéis a pensar na verdadeira riqueza, a da cruz, que tornando bons e misericordiosos, faz acumular tesouros para o Céu” – recordou.
Bento XVI destacou ainda “uma atividade apostólica tão intensa e eficaz” na Itália e na França que “induziu muitas pessoas que se tinham afastado da Igreja a reconsiderar a sua decisão”.
O Papa Gregório IX o canonizou apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.
Pio XII, em 1946, proclamou Santo Antônio como “Doutor da Igreja”, atribuindo-lhe o título de “Doutor evangélico”.