Formação

Santo Eusébio, papa carismático, corajoso e com curto pontificado

Eusébio foi o 31º papa da história da Igreja Católica, morreu por ser firme na decisão em propagar a Verdade independente das cirscuntâncias.

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Foto: Zvonimir Atletic / Shutterstock
Eusébio foi o 31° papa da Igreja Católica, venerado como santo e mártir. Foi eleito em 18 de abril de 309 e permaneceu até 17 de agosto de 309. Tendo o pontificado de apenas 121 dias, em consequência das perturbações e atos de violência na Igreja, já que, devido a uma rumorosa disputa sobre a readmissão dos apóstatas, foi banido pelo imperador Magêncio, que governava Roma desde 306 e tinha se mostrado simpático aos cristãos.

Nascido na Grécia por volta do ano 255, Eusébio viveu uma época de mudanças estruturais favoráveis à Igreja Católica. Todavia, embora o cristianismo se tornasse cada vez mais aceito pelo Império Romano, os cristãos ainda não viviam em paz. Continuava existindo opositores e defensores do tradicional paganismo que promoviam perseguições aos praticantes da nova religião monoteísta. Eusébio sempre foi um homem religioso e carismático, sua ascensão ocorreu, de certa forma, naturalmente.

Foi preciso coragem para permanecer no pontificado

Com o falecimento do Papa Marcelo I, Eusébio foi facilmente eleito como sucessor. Mas seu papado não seria nada fácil, pois a Igreja enfrentava atos de violência que perturbavam a paz. Na época, havia uma grande discussão sobre a readmissão dos considerados apóstatas, ou seja, aqueles que declaradamente abandonavam a religião. O confronto de ideias gerou uma severa dissensão na Igreja e o Papa Eusébio se posicionou a favor da exclusão definitiva dos que tinham apostatado da comunhão, permitindo a readmissão apenas aos que passassem por um ato público de penitência. Eusébio enfrentou forte oposição daqueles que exigiam a readmissão imediata ao corpo religioso, intensificando muito o conflito.

Eusébio foi resistente. Confirmou a atitude adotada pelo seu antecessor: excomungar os que tinham apostatado, com a possibilidade de serem readmitidos aqueles que, depois de um ato público de penitência, manifestassem um sincero arrependimento.

A resistência o levou ao martírio

Este ponto de vista foi combatido por uma facção de cristãos comandada por um certo Heráclito. Não se sabe se este último e seus sustentadores apoiassem um ponto de vista mais novacionista e, portanto, mais rígida, ou uma atitude mais clemente. Seja como for, a segunda hipótese é, de longe, a mais provável: Heráclito deveria ser o líder de um movimento de apóstatas que exigiam a reintegração imediata no corpo da Igreja. Damaso descreveu com termos muito fortes o conflito. É bem provável que Heráclito e os liderados por ele procurassem facilitar a própria readmissão à Sagrada Liturgia e que os fiéis agrupados em torno dele estivessem constrangidos diante dos demais.

Por causa destes contrastes, tanto Eusébio quanto Heráclito foram exilados pelo Imperador Magêncio. Eusébio, em particular, foi deportado para a Sicília em 17 de agosto, onde morreu. O corpo foi transladado, em seguida, para Roma, provavelmente em 26 de setembro de 311, e depositado em um cubículo nas Catacumbas de São Calisto, perto da cripta do Papa Caio.

A firme defesa da disciplina eclesiástica e o exílio ao qual foi condenado, o fizeram ser venerado como mártir. Segundo o cardeal Giovanni Giacomo Panciroli deveria estar na Basílica de São Sebastião das Catacumbas, mesmo que algumas relíquias estejam comprovadamente conservadas na Igreja de San Lorenzo em Panisperna.

A sua festa se celebra em 17 de agosto, dia da sua deportação. Aprendemos com ele a ter coragem e permanecer até o fim pela decisão com Cristo.

 


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