“Rezemos muito pelos sacerdotes; As suas almas precisam ser mais lúcidas e mais puras do que o cristal”. – Santa Terezinha do menino Jesus – Doutora da Santa Madre Igreja
Padre quer dizer pai. Do Latim, pater/patris = pai – o padre é o pai da comunidade. Aquele que acolhe, ouve, aconselha, orienta, adverte, corrige, quando necessário e alimenta de fé e esperança os fiéis. O padre também é conhecido como sacerdote, ou então, como presbítero.
O padre é sacerdote (em Latim, sacer = sagrado + dos = dom). Ele oferece a Deus o sacrifício da Eucaristia, memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. É presbítero (em Grego, presbíteros, significa ancião, idoso, experiente) porque como um irmão mais velho, orientam com sabedoria, seus irmãos mais novos, sempre buscando conduzi-los para a maturidade da doutrina fé.
Ser padre é uma abissal vocação. É o bom Deus que escolhe o seu servo no meio do povo, consagrado e devolvido ao povo para servi-lo através do sacramento da ordem, o sacerdócio ministerial.
Está escrito na Epístola aos Hebreus: “Todo sumo sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1).
O sacerdócio não é uma profissão, uma carreira, um teatro ou um status social ou político. Não é algo que só depende da decisão pessoal. Não é uma visão unilateral, não é uma vontade apenas racional e uma realização carnal. Ser padre é uma escolha de Deus, um chamado para o apostolado do Calvário ao Túmulo vazio.
Deus chama e capacita o padre para trabalhar em prol do seu Reino. O padre representa a face gloriosa de Cristo no mundo transfigurado pela dor e sofrimento.
Ser padre é um grande mistério que vai além da razão humana e do seu próprio ser.
Para fazer com que os fiéis cheguem à maturidade da fé, os padres batizam. Perdoam os pecados através do sacramento da Penitência, são testemunhas da Igreja nos sacramentos do Matrimônio e da Unção dos Enfermos. Mas o mais importante é: a cada dia, os padres renovam o sacrifício de Cristo, a Eucaristia, alimento para sua vida e para a dos fiéis (Decreto Presbyterorum Ordinis, sobre o Ministério e a Vida doa Presbíteros, n°. 5).
A maior felicidade do mundo é o amor de Deus em nossos corações.
A maior graça do mundo é a nossa bendita salvação eterna e o maior tesouro do mundo para o padre é a sua vocação sacerdotal.
O escrito francês autor do Pequeno Príncipe Saint-Exupery disse: “O verdadeiro amor nunca se gasta. Quanto mais se dá mais se tem”.
Este pensamento em relação ao padre e a missa podemos parafrasear assim: “O verdadeiro amor ao sacerdócio nunca se gasta. Quanto mais se dá pela Santa Missa, mais
SACERDOTES SANTOS
“Se eu encontrasse um anjo e um sacerdote, primeiro saudaria ao sacerdote e depois ao anjo…”.
São Francisco de Assis
O Santo do Amor e da Paz
O Papa São Pio X dizia: “Um padre santo faz o povo santo e um padre que não é santo, podemos chamá-lo não inútil, mas até de perigoso para o próximo”.
E o Papa Pio XI afirmou: “Que imenso benefício é para o povo um sacerdote santo! Queríamos dizer que o próprio Deus não pode conceder benefício maior do que dar ao povo um sacerdote santo, um sacerdote segundo o coração de Deus…”.
O Padroeiro de todos os sacerdotes do mundo, O Santo Cura d’Ars, exemplo de sacerdote e de serviço a Santa Madre Igreja, repetia a seu bispo: “Se quererdes converter vossa diocese, será preciso tornar santos todos os vossos párocos”.
O Santo Cura de d’Ars, seu nome de batismo era João Batista Maria Viammey, nos deixou um conselho monumental: “A mais bela profissão do homem é amar e rezar”.
O Papa Bento XVI, antes de se dirigir para a terra natal de João Paulo II, em 26 de maio de 2005, no Mosteiro da Virgem Negra, considerada a Rainha da Polônia, dirigindo-se aos sacerdotes, disse que “o mundo e a Igreja precisam de sacerdotes santos” e,dirigindo-se de modo particular aos candidatos ao sacerdócio, fez um forte apelo, para que eles se deixassem “guiar por Maria e aprender de Jesus” e acrescentou: – “fixai-O, deixai que Ele vos forme, para que um dia sejais capazes, no vosso ministério, de ver quantos se aproximarão de Cristo por meio de vós”. Referindo-se à vida quotidiana do sacerdote, o Papa frisou: “quando tomais nas vossas mãos o Corpo eucarístico de Jesus, para d’Ele alimentar o Povo de Deus e quando assumis a responsabilidade por aquela parte do Corpo Místico, que vos será confiada, recordai a atitude de admiração e de adoração, que caracterizou a fé de Maria. Assim como
Ela conservou o amor virginal pleno de admiração, também vós, ajoelhando-vos, liturgicamente, no momento da consagração, conservai no vosso ânimo a capacidade de admira-vos e de adorar”.
CONCLUSÃO
A dimensão da santidade sacerdotal está na consistência do amor a Cristo e da sua Igreja. Ter paixão e amor pelas almas perdidas. Ter amor pela pregação do Evangelho libertador de Jesus Cristo. A face do padre brilha o amor por todos.
O grande Doutor da Igreja Santo Tomás de Aquino afirmou com magistral sabedoria: “A santidade não consiste em saber muito, meditar muito, pensar muito. O grande mistério da santidade é amar muito”.
Oração, jejum, retiros espirituais, leitura da Sagrada Escritura, Liturgia das Horas, vida dos santos e a celebração da Santa Missa, são práticas para perfeição sacerdotal.
A renúncia, sacrifícios, sofrimentos, e solidão são vividos no amor e no exemplo de silêncio e do sim da Virgem Maria.
O território sacerdotal é bem vivenciado no carinho, no amor e na compreensão dos fiéis para o sacerdote com seus defeitos e virtudes. O sacerdote santifica a comunidade, tanto quanto ela santifica também o sacerdote.
O centro da santidade sacerdotal é a Santíssima Eucaristia, o livro principal para sua leitura de devoção piedosa é a Palavra Deus e o fundamento de um justo e salutar ministério sacerdotal são: a graça de Cristo, o amor de Deus e a unção do Espírito Santo.
Form dez 2011