Vamos hoje recordar, com amor, mais um servo de Deus, seu nome é São Domingos de Silos. Esse fecundo e fiel seguidor de Jesus nasceu em Cañas, vila da província de Navarra (Espanha), no ano 1000. Sua família era humilde e muito pobre, no entanto, riquíssima do maior tesouro que existe, o próprio Deus.
O pai de Domingos foi um homem de grande temor a Deus, criava ovelhas e o próprio filho o ajudava nesse ofício. Porém, ao perceber os movimentos da graça na vida do garoto, empenhou-se em sua formação. Após concluir seus estudos, o rapaz recebeu a ordenação sacerdotal, mas precisou morar ainda mais um ano com sua família. Depois, antes ainda de iniciar as ações públicas de seu ministério presbiteral, abraçou por mais dezoito meses a vida monástica, com intensas orações e penitência.
Essa experiência amadureceu um antigo desejo de vida monástica, assim, entrou para a Ordem beneditina, ingressando no mosteiro de Santo Emiliano. Ali, perceberam, além da coerência de vida, uma profunda sensibilidade formativa, tanto que foi nomeado mestre dos noviços. Depois, foi encarregado de restaurar o priorado de Santa Maria de Cañas e foi nomeado prior do mosteiro de Santo Emiliano.
Todavia, as provações parecem “sentir o cheiro” de servos fiéis do Senhor, tanto que o príncipe de Navarra, sem dinheiro para as suas guerras, exigiu do mosteiro, onde Domingos era o Prior, uma contribuição exorbitante. Os monges, com medo, estavam dispostos a ceder, mas Domingos recusou-se a aceitar tais abusos. Para proteger seus monges, Domingos exilou-se em Burgos, em um mosteiro fora da cidade.
Obediente ao mensageiro de Deus
Na Ordem Beneditina, São Domingos de Silos pôde descobrir seu chamado a uma vida de profunda contemplação, mas também de ações que salvassem almas. Sendo assim, recebeu, em sonho, a promessa feita por um anjo. Este prometeu-lhe três coroas, a primeira significava seu abandono dos prazeres do mundo e caminho para a vida perfeita; a segunda por ter construído Santa Maria de Cañas e ter observado castidade perfeita e, por fim, a terceira, pela restauração de Silos. De fato, essa última coroa se realizou perfeitamente, pois durante os trinta anos em que foi abade no mosteiro de São Sebastião, em Silos, aquele local tornou-se centro de cultura e espaço de frutuosas ações evangelizadoras.
Domingos, servo ousado do Senhor, fez sua páscoa no dia 20 de dezembro de 1073. Foi sepultado no próprio claustro e foi amado não só pelo povo simples, mas também por reis e rainhas. Sua existência foi um instrumento divino para a realização de milagres já em vida, mas também depois da morte, os quais provaram com clareza suas virtudes. Em 1076, o Bispo de Burgos transferiu o corpo de São Domingos para a igreja de São Sebastião. Essa ação obteve tanta repercussão em meio aos fiéis, que depois o nome para Igreja foi mudado para São Domingos.
Que Deus renove em nossos corações, a exemplo desse servo fiel, uma fé decidida e comprometida com a vontade de Deus.
São Domingos de Silos, rogai por nós!