Carinhosamente chamado de Lolek, o Papa dos Jovens, São João Paulo II é um santo muito caro à Igreja, aos jovens e, em especial, à Comunidade Shalom. Um exemplo para nós de evangelização, amor, e misericórdia.
Por isso hoje entrevistamos Fernanda Martins, postulante da Comunidade de Aliança. Ela conta para nós sua experiência com São João Paulo II de forma pessoal e também dentro da Comunidade. Confira abaixo:
Conexão com o Carisma Shalom
É lindo ver os laços entre Lolek e o nosso chamado na Igreja, que é o que mais chama a atenção de Fernanda.
“A Comunidade nasceu aos pés de Pedro, que por acaso era São João Paulo II. E uma das coisas que nós temos na Igreja que é mais forte para os jovens é a Jornada Mundial da Juventude, que também surgiu com São João Paulo II. Nós temos esse exemplo dele por trás da nossa vocação. Também ele, de certa forma, ofertou sua vida para os jovens em primeiro lugar… E assim é a nossa comunidade!
A gente oferta para a humanidade, mas, sobretudo, para os jovens… E essa é a maior conexão entre o Carisma e São João Paulo II”, explica.
Uma memória preciosa da intercessão de São João Paulo II na Missão de Santo André (SP)
“Lembro muito de uma frase que todo mundo sempre me escuta dizer, e que é de São João Paulo II: ‘Os jovens e a paz andam juntos’.
E uma das coisas que me fez tocar mais forte a unidade na missão foi no nosso primeiro Virada Radical, onde todo mundo se uniu para fazer as gincanas, as células, os grupos de oração, todo mundo se empenhou muito.
Isso me marcou demais. Foi um movimento no qual, com certeza, a gente pôde contar com a intercessão de São João Paulo II”, conta.
SJPII como marca vocacional na história de vida
Fernanda ainda narra como conhecer e se encantar com a vida deste santo também a levou a descoberta da própria vocação.
“O conheci antes da Comunidade. Na minha paróquia, eu participava de um grupo de oração chamado EPJC (Encontro Paroquial de Jovens com Cristo). Lá o padre, que era bem próximo do Shalom, instituiu dentro do nosso movimento baluartes… Um deles era São João Paulo II.
Nessa época também, dentro do movimento, o padre selecionou alguns jovens para ir para a Jornada Mundial, e eu fui um deles. Foi uma experiência muito, muito boa. Um contato extremo, justamente com a Jornada, que me fez pensar: “Cara, ele teve esse cuidado de olhar para os jovens e fazer com que a Igreja olhasse para eles também!”, diz.
Um olhar diferenciado sobre a humanidade
“Eu tenho particularmente uma forma de ver: a gente precisaria dialogar com todas as pessoas. E essa é uma característica muito marcante de São João Paulo II. Ele conseguiu fazer isso… dialogar. Viveu em época de guerra, e perdeu praticamente todo mundo que tinha em volta dele, mas não perdeu a fé. E ele era muito misericordioso.
Tanto que ele virou o papa do milênio, pois ele tinha essa conexão com Deus.
Essa foi uma das minhas experiências com o S. João Paulo II. Ele tem esse olhar para a humanidade, para as pessoas, que me faz ter esse desejo também de olhar com mais misericórdia e também conseguir dialogar com todos os povos.
Ás vezes, a gente só dialoga com a gente mesmo. Ficamos fechados na nossa bolha.
Todas as vezes que eu fico em crise, que eu não quero mais seguir em frente, eu vou lá e abro o livro dele. Eu vejo como ele se comportava. Era um homem de oração… é incrível como ele consegue fazer a vida de oração dele transbordar na humanidade, nesse diálogo com as pessoas”, conta.
Por que amar e contar com São João Paulo II no século presente?
Por último, Fernanda Martins expressa um dos principais motivos pelos quais enxerga o santo como um sinal para nós nos tempos modernos.
“Ele é o papa do milênio, o papa peregrino, que alcança a juventude, as famílias, que alcança os pobres. Ele responde muitos questionamentos que principalmente os cristãos têm hoje. Ele muitas vezes é a resposta para mim. Eu acredito que todo mundo tenha essas crises de olhar para a humanidade e achar que não tem jeito por nós estarmos aparentemente sucumbindo ao egoísmo, a tristeza, à depressão, ao consumismo, ao poder, ao ter, enfim… E todas as vezes que eu olho para SJPII, eu consigo enxergar uma esperança que muitas vezes a gente acaba perdendo. E esse é o desejo do demônio, que nós percamos a esperança.
Eu acredito que São João Paulo é essa resposta de esperança. De acreditar que a humanidade tem jeito.
Por fim, eu tenho certeza que o Papa Francisco conta muito com a intercessão de São João Paulo, porque ele também faz esse movimento de tentar conversar com a humanidade, de tentar mostrar que a Igreja é para todos”, conclui.
Inspirados pelo olhar de oração da jovem postulante Fernanda Martins, peçamos hoje mesmo a Deus a graça de olhar para nós e para o mundo com fé. Bem como a graça de amar e evangelizar todos os povos! Especialmente os jovens.
Silvia Cunha
Postulante da Comunidade de Aliança
Missão Santo André (SP)