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São Maximiliano Kolbe aceitou morrer no lugar de seu irmão

Celebrada a memória no dia 14 de agosto, destacou-se na Igreja pelo grande amor à Nossa Senhora e pelo seu incrível espírito empreendedor na área da comunicação social.

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“Quem ama e respeita com sinceridade a pessoa e a memória da Virgem Maria, a mãe de Jesus, jamais a desonrará. Por outro lado, quem alega amar Jesus, mas despreza sua Mãe, eu tenho minhas dúvidas”. Essa foi a descoberta que um grande místico da Igreja fez. Seu nome é Maximiliano Maria Kolbe.

Ele tem um amor e zelo pela pessoa de Maria, a Mulher que encontrou graça diante de Deus (cf. Lc1,26-38), e foram as principais características de sua vida espiritual, bem como, de seu perfil pessoal de santidade. Seu testemunho de vida foi tão surpreendente, que a Igreja reservou o dia 14 de agosto para fazer memória e celebrar louvores a Deus por sua fidelidade. Esse dia corresponde exatamente à data em que ele foi assassinado pelos nazistas.

Uma breve apresentação de sua história

Maximiliano era membro de uma família de operários profundamente religiosos. Ele nasceu na Polônia, no dia 8 de janeiro de 1894. Seu amor e anseios de uma vida entregue a Deus foram precoces, tanto que, com apenas 13 anos de idade, pediu ingresso e foi aceito no Seminário Franciscano, Ordem dos Frades Menores Conventuais.

No colégio onde estudava, fundou o famoso e ainda hoje frutuoso apostolado mariano: “Milícia da Imaculada.” Seu amor à Virgem Maria, bem como, o desejo sincero de imitá-la, tornou-se sua via pessoal de santidade. Seu testemunho animou e encorajou muitos outros corações.

A espiritualidade desse grande movimento, a “Milícia da Imaculada”, é um transbordamento do testemunho pessoal de São Maximiliano. Esse servo fiel foi ordenado sacerdote em 1918, em Roma, e lecionou no Seminário Franciscano de Cracóvia. Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, quando tropas nazistas tomaram a Polônia, padre Kolbe foi preso duas vezes.

Não há amor maior do que dar a vida

De acordo com Dom Juventino, São Maximiliano foi uma das vítimas da guerra. Foi deportado pelos nazistas para Auschwitz, onde sofreu por 77 dias, e morreu com uma injeção venenosa, após ter passado duas semanas na chamada “câmara da morte”, sem água ou comida. Foram 386 horas de fome e sede por amor a Deus e à humanidade. A data de sua páscoa é 14 de agosto de 1941. O motivo de sua morte encarna um profundo e significativo ensinamento de Jesus: “Não há maior amor do que dar a vida por seus amigos” (Jo 15,13).

Na verdade, ele foi morto não no lugar de um amigo, mas no lugar de um pai de família que provavelmente não sabia nem mesmo o nome. Isso confere ao seu gesto um nível de amor ainda mais gratuito. Esse pai foi condenado à morte pelos nazistas pelo ato de represália à fuga de um prisioneiro do campo de concentração.

A fortaleza de Maximiliano foi tão surpreendente que, mesmo na fila para a morte iminente, consolava os outros condenados. Esse fiel discípulo de Jesus foi beatificado em 1971 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 1982.

Por fim, é importante recordar que, além do amor a Nossa Senhora e do exemplo de fidelidade a Deus até o fim, São Maximiliano também foi um empreendedor da evangelização através da mídia impressa. No que diz respeito ao Carisma Shalom, ele é citado no Escrito Profissionalização, e nos deixou um importante ensinamento: “o
verdadeiro progresso é o interior”, sendo o progresso exterior uma consequência da obra que o Senhor realiza em nossa alma. Assim, podemos dizer que o padre Kolbe nos mostrou que o primeiro apostolado de um cristão deve ser a oração. Por meio desta, tudo mais transbordará, para a glória de Deus.

 

Que Deus abençoe toda a Igreja, sobretudo aqueles fiéis das nações onde a liberdade de culto a Deus ainda sofre todo tipo de sanções e represálias.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!


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