Lamentável perceber a forma como cuidamos de nossa história. O Museu Nacional do Rio de Janeiro, com uma gigantesca parcela, insubstituível, de nossa história, virou cinzas, em setembro de 2018, diante da nossa total incapacidade de preservá-lo.
Questionamos as autoridades nacionais e estaduais, os responsáveis diretos e indiretos nesta preservação, os governantes que prometem cultura, pesquisa, investimento, educação. Questionamos os outros. Os outros? Mas e nós, como cuidamos da nossa história? Como guardamos nossa história?
Não precisamos ir tão longe para perceber que a atenção pelo passado não costuma ser uma prioridade para nós. Praticamente nos habituamos a esquecer o que passou e começar tudo de novo. Estamos acostumados a perder tudo e recomeçar. Sim, saber recomeçar do zero é uma virtude. Mas não, perder tudo, tudo de novo, não é uma virtude!
Talvez, seja uma boa hora de trocar o álbum, organizar as fotos, conversar com os mais antigos, com aqueles que sempre guardaram o passado, quem sabe esperando o momento de “arquivar” em outras memórias. Talvez, ainda consigamos recuperar algumas relíquias, inspirações para o futuro, que tragam mais sentido a nossa timeline digital.
Ouvimos tantas vezes que “sem memória não há futuro” (Bento XVI, em 06 de julho de 2010, por exemplo), mas continuamos esquecendo. De qualquer forma, não custa lembrar!
Visita virtual
Buscando preservar a memória do Museu Nacional, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Ministério da Educação e o Google Arts & Culture lançaram um material especial com imagens de peças que estavam expostas antes do incêndio.
Por dentro do Museu Nacional – Redescubra a coleção antes do incêndio de 2018