Dois amigos de Jesus
pelo Seu ponto de vista,
Maria irmã de Lázaro
e Judas ladrão vigarista.
Contrastantes atitudes,
Maria que perfuma Jesus,
Judas, o discípulo traidor,
na discórdia do mal induz.
Maria ungindo os pés,
Judas critica o perfume:
não pensa nos pobres,
mas roubar por costume.
Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: “Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” (Jo 12,4-5)
Mas Jesus o repreende:
ensina-nos como ofertar
pelo gesto, ato de amor,
glorificando Seu sepultar.
Observa o santo gesto,
buscando mais uma vez,
resgatar Judas do mal,
expor que Pobre Se fez.
Lembrança da Agonia
que sentira pelas almas,
Preciosíssimo Sangue
que no Monte derramas.
Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. (Jo 12,7-8)
“Pai, Teu Filho derramou
todo o Perfume do Amor,
para nos salvar na Cruz,
suando Sangue com dor.
Sofrendo por cada ser
como o Filho do Homem.
Divino Filho no Espírito,
por Amor nos assumem!
Como perfume de Maria,
nardo puro e muito caro,
que ungiu os Teus pés,
reviva-nos como Lázaro?
Somos vasos de argila,
fracos frascos de volume.
Encha-nos, Doce Espírito,
para espalhar Teu Perfume!”