Eu me chamo Dafne, sou consagrada na Comunidade Aliança Shalom, casada com Joshua e mãe do Josh. Vou partilhar com vocês um pouco do meu caminho vocacional até aqui.
Já na minha adolescência, Deus foi muito bom por nos ter dado a graça de vivermos o Acamps Shalom de Fortaleza. Eu e Joshua participamos de grupo de oração no Projeto Juventude e fomos forjados na graça de viver uma juventude cheia dos valores de Deus e servindo aos jovens. O serviço no Projeto Juventude nos proporcionou a descoberta do chamado a ser Shalom. Durante os sete anos de namoro fomos percebendo que as provas e dificuldades aumentavam o nosso carinho e contentamento em estarmos um com o outro. O namoro nos ajudou a vivermos uma ternura e doação que tornaram o nosso afeto mais profundo e autêntico.
Nosso namoro foi maravilhoso, mas nada se compara ao passo que demos no matrimônio. Em 2018 fomos invadidos pela felicidade de nos tornarmos uma só carne e vivermos a realização das promessas de Deus para nós. Rezávamos a novena da Imaculada Conceição para que conseguíssemos um emprego para nos casarmos. Ela providenciou tudo e nos deu um trabalho em Sobral, cidade que tem Nossa Senhora da Conceição como padroeira.
Quando somos fracos é que somos fortes
Depois disso fomos vendo o fruto do cuidado de Deus em todos os aspectos, principalmente com a chegada do nosso filho. O período da gravidez foi durante a pandemia de Covid-19 e tudo foi acontecendo de forma completamente diferente do que imaginávamos, mas, ainda melhor, pois a vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável.
“Podemos fazer planos,
idealizar tudo,
querer controlar as coisas,
mas Deus sempre tem o melhor para nós.”
Passamos por um tempo de sofrimento por eu ter apresentado de forma inesperada um pico hipertensivo que desencadeou uma pré-eclâmpsia e uma Síndrome Hellp. Corremos para o hospital e fomos para uma cesárea de emergência com sete meses de gestação. Quando meu filho nasceu não escutei seu choro e só pedia a Nossa Senhora das Graças que cuidasse da sua vida. Não imaginávamos o longo período que percorreríamos depois do parto. Passamos 45 dias com ele internado na UTI e em diversos momentos pensamos que nosso bebezinho não aguentaria.
No entanto, fomos vivendo um grande mistério de cruz e alegria por vê-lo reagindo e sendo tão bem cuidado pela equipe da Santa Casa. Sentimo-nos fracos, vulneráveis, pequeninos, mas em contrapartida experimentamos a mão poderosíssima de Deus sobre nós. De fato, quando somos fracos é que somos fortes, pois a força de Deus vem em nosso auxílio.
Podemos fazer planos, idealizar tudo, querer controlar as coisas, mas Deus sempre tem o melhor para nós. Hoje vivemos com muita alegria e gratidão a Deus a graça da maternidade e paternidade em nossas vidas. Fomos inundados pelo abandono à Vontade Divina. O nosso filho cresce saudável e conseguimos colher os frutos desse tempo que nos levou a amadurecer como família.
Por Dafne Lopes, consagrada da Comunidade de Aliança da missão de Sobral (CE).