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Testemunhas da Ressurreição: Maria, a primeira testemunha

Nos Domingos do Tempo Pascal traremos a história, contada em fluxo de consciência, daqueles que viram, tocaram e anunciaram uma experiência profunda de amor que chegou até nós! Convidamos você a meditar cada texto desta série e também se tornar uma testemunha da Ressurreição!

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Sim, a profecia se cumpriu. Uma espada transpassou a minha alma e permaneci de pé, junto a meu Filho amadíssimo, em Sua Cruz. Sentia como Deus dilatando meu coração para caber o infinito, para que nada daquele momento santo, bendito, único e eterno se perdesse. Seria possível? Sim! Para Ele nada é impossível, eu bem sei! Guardei todas as coisas nesse coração alargado, nesse espaço aumentado pela Misericórdia, que acabou se revelando como um sacrário imensurável das graças divinas.

Episódio 2 | Tomé, a fé que vê e crê

Episódio 3 | Madalena, no teu caminho, o que havia?

Episódio 4 | João, a testemunha mais jovem

O Senhor estendeu Seus inúmeros favores sobre mim. Bendito sejas, Senhor Deus de nossos pais! Em meio à dor, senti Paz. Era o meu Filho, o Vencedor sobre o sofrimento e a morte que pendia daquela adorável Cruz. Recolhi o Seu sangue. Doía imensamente, mas era amor. Um tipo de amor experimentado somente uma vez nesta vida ou na eternidade. A dor de perder tudo para Adonai. A dor de Adonai em perder tudo. A dor partilhada. Sou Mãe e serva. Eis-me aqui. Agradeço por teres me escolhido, meu Senhor! 

Simeão, que há tempos aguardava no seio de nosso pai Abraão pela libertação advinda do meu Menino deve ter experimentado uma alegria infinita ao vê-Lo descer à mansão dos mortos e resgatá-lo junto a Ana, meu amado José, meu querido João Batista e todos os outros que aguardavam pelos séculos a consolação de Israel, desde nossos primeiros pais. Meu Filho já não era um recém-nascido levado ao Templo pelas mãos dos homens, mas havia crescido em estatura, sabedoria e graça. Era um homem livre, o mais livre de todos, levado até a Cruz não por mãos humanas, mas por Si mesmo, pelo amor incondicional ao querer do Pai e para a salvação das almas.

 Ah, meu Menino, quantas oportunidades Adonai me concedeu de amadurecer na fé, quantas vezes o Senhor manifestou o Seu desejo de que eu repetisse aquele mesmo fiat mil vezes, em Nazaré, em Belém, no Egito, em Jerusalém, pelas noites, pelas estradas, pelas montanhas, pelos vales, pelos desertos, até que aprendesse totalmente a caminhar como se visse o invisível. Vi o invisível na Tua Cruz. Vi a glória. Vi o céu. Vi Adonai!

No silêncio que sucedeu o rasgar do véu do Templo, ouvi os anjos cantando em louvor ao Deus Altíssimo. Na escuridão do sepulcro, vi o fulgor da luz celestial. És Tu, meu Menino, Crucificado e Ressuscitado. Dor e amor, violência e paz, opostos que se unem no limiar da esperança humana, no Verbo de Deus feito carne, no impossível possível, como Tu disseste diante da morte: “Não tenhas medo, basta ter fé”

Diante da Cruz, tornei-me testemunha da Tua Ressurreição. Através da fé que crê no impossível e que faz enxergar o invisível, tornei-me a primeira testemunha da Tua Ressurreição.           

Acompanhe o monólogo em vídeo:


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