O intuito é fomentar a conversão à vivência da pobreza evangélica não apenas por um período, mas por toda a vida.
A Comunidade Católica Shalom lança, nesta segunda-feira (10), a campanha “Diga sim, arrependa-se e converta-se!”. Inspirada na mensagem do Papa Francisco para a Quaresma deste ano, a campanha orienta a formação, oração e realização de atos concretos de despojamento para membros da Comunidade e Obra Shalom. A ação segue até a terça-feira da Semana Santa, 15 de abril.
“Poderíamos pensar que este ‘caminho’ da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo”, afirma Papa Francisco na mensagem.
A campanha
Em 2014, a ideia é promover nas missões do Shalom em todo o Brasil e em outros países, deixando espaço pra que o responsável local e formadores comunitários façam as adaptações necessárias.
“Essa campanha reúne em uma mesma pregação, juntos, no mesmo dia, a Comunidade de Vida, de Aliança e os grupos de oração da Obra. Os grupos de oração deverão, portanto, interromper o Caminho da Paz e seguir os dias, horários e atividades da campanha”, informa a cofundadora da Comunidade Shalom, Maria Emmir Nogueira.
A campanha constará de cinco semanas de formação da Quaresma, mais um dia de oração para a celebração de despojamento.
Um dos objetivos é introduzir a orientação do Papa Francisco para a Quaresma 2014, através de pregação, e aprofundá-la na oração pessoal com o texto. Já o ato concreto consiste em que a Comunidade e a Obra, reunidas em pequenos grupos, façam visitas e evangelizem pessoas que estão em situação de sofrimento.
Outra ferramenta formativa é o vídeo no qual a cofundadora partilha sobre como somente com o coração é possível entender que a vivência da pobreza, quer fora, quer dentro da Comunidade, é dom do Espírito Santo.
A campanha apresenta a oração e a partilha fraterna como atos através dos quais cada pessoa se coloca diante de sua própria verdade com relação à idolatria do ‘ter’ – a idolatria do dinheiro e das preocupações com o futuro.
A última atividade é a “celebração do despojamento” durante a qual os participantes, após terem refletido e rezado desde o início da campanha, poderão ofertar objetos em favor dos mais pobres ou fazer uma partilha financeira. Haverá, na ocasião, um local para queimarem bilhetes de despojamentos morais e espirituais. “O importante não é o que damos, mas a idolatria da qual nos libertamos”, afirma Maria Emmir.
Emanuele Sales