Estava em Campos do Jordão(SP), saindo da Missa eu recebi um calendário do ano de 2022 com o bonito símbolo do Sínodo. Imediatamente, pensei se aquele grupo enorme de pessoas que olhou o tal calendário, observou-o com atenção e percebeu a relevância do tema. Fiquei a me perguntar: será que alguma delas se sentiu parte deste movimento que atinge toda a Igreja?
O termo Sínodo significa caminhar juntos: odos caminho; sin junto. Assim, a palavra sinodalidade, na etimologia, traduz um movimento essencial para a Igreja: vigor e força que nos levam a trilhar o caminho da vida cristã juntos. Este é realizado por impulso do Espírito Santo.
Como consequência, temos uma Igreja (todos nós, inclusive eu e você) que vive a evangelização, a celebração e ainda uma vigorosa fonte de consolo, sempre em espírito de comunhão e participação.
Precisamos, então, refletir e deixar que a vida cristã seja dinamizada pela sinodalidade. Diz o Papa Francisco que “O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Discurso na Comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos – 17 de outubro de 2015).
Assim, todo o processo sinodal somente será completo à medida que todos viverem seu processo sinodal local (e pessoal) enquanto ‘dom’ e ‘missão’. É um dom enquanto via de comunhão com todo o corpo místico da Igreja, onde Cristo é a cabeça. A sinodalidade se torna missão pois na reflexão e oração em comum abrem-se novos caminhos para fecundar toda a atividade da comunidade cristã.
Da leitura das Encíclicas Fratelli tutti e Laudato sí fica muito claro que o Papa Francisco assenta a importância da revitalização da esperança como caminho comum de toda a humanidade. Ora, o uso da expressão “caminhar juntos” passa ao largo de mera frase de efeito, mas nos compromete sobretudo com aqueles que acabam sendo deixados pelo caminho, ressoando o clamor dos pobres e também da terra. Intrínseco ao “Caminhar juntos”, como Igreja, estão sementes de esperança que o próprio Espírito Santo faz germinar: “O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem se arrepende de nos ter criado. A humanidade ainda possui a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum” (LS, 13).
Dito isso, compreendemos que não será possível viver a sinodalidade sem a participação geral. Somente seremos capazes de ser nós mesmos se tivermos feito este belo caminho sinodal proposto pelo Bispo de Roma. Ninguém está dispensado. Todo este grande percurso é motivo de alegria, sobretudo nestes tempos tão desafiantes. Vamos conhecer melhor este movimento incentivado pelo Papa Francisco e participar ativamente!
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