“Levanta as cortinas, desenrola as lonas”. Em uma mistura de teatro e circo, o musical “Filho de Deus, Menino Meu” conta a história do Natal de maneira irreverente. O principal objetivo é evangelizar através das artes.
O roteiro da apresentação conta a história de uma trupe de andarilhos que encena mundo afora o musical natalino “Filho de Deus Menino Meu”, com o estilo mambembe de fazer teatro.
O espetáculo consegue levar a mensagem do verdadeiro sentido do Natal a pessoas que não iriam para a missa ou não frequentariam um grupo de oração, de acordo com o cantor e compositor Erlison Galvão, missionário da Comunidade Shalom, que promove o espetáculo. “A finalidade é a evangelização, por ser uma ferramenta eficaz para levar a Palavra de Deus aonde não chegaria pelas formas tradicionais”, ressaltou.
Toda a construção do musical, desde as coreografias, os textos e as marcações, têm o objetivo de levar a uma experiência com Deus. “Existe uma atenção nossa para que tudo favoreça a experiência de Deus: a dança, a construção de personagens, o roteiro. Que nada disperse, mas traga para mais perto de Deus”, detalhou.
A ideia de evangelizar através das artes vem dando certo. A estratégia é investir no acolhimento, na partilha e na evangelização pessoa a pessoa antes e depois dos espetáculos. Além do musical de Natal, há ainda no Rio de Janeiro outras produções, como o “Canto das Irias” e “A Paixão de Cristo”.
Desde a fundação da comunidade, as artes são importantes instrumentos utilizados para a evangelização. Durante os momentos de oração, nos grupos e em todos os eventos há sempre a presença da música, da dança e do teatro. “Podemos dizer que a arte está no ‘DNA espiritual’ da comunidade. Isso faz as nossas produções terem força. Não é uma mera apresentação, mas é fruto de uma experiência que a gente vive antes de levarmos ao palco”, destacou Erlison.
Protagonismo jovem
A versão integral do espetáculo conta com cerca de 25 atores, em sua maioria jovens. “O elenco mostra o protagonismo jovem como característica da evangelização. Há uma identificação”, explicou Galvão.
Além disso, nesta temporada há cinco núcleos de atores, bailarinos e cantores que se dividem para as mais de 30 apresentações reduzidas que acontecem pela cidade.
A diretora do espetáculo, Giselle Azevedo, explicou que a irreverência também evangeliza. “A história do nascimento de Jesus é contada de uma maneira nova. De forma descontraída, vamos passando por toda essa bela história do nascimento de Jesus, desde a anunciação até o próprio nascimento, com a visita dos reis magos”, explicou.
O regionalismo e a diversidade musical estão presentes nas canções, compostas exclusivamente para a obra, no figurino e fala dos atores, que, por mais de uma hora, prendem a atenção do público com uma mensagem de alegria. O objetivo é tornar nova a história contada há mais de 2 mil anos.
Teresa Fernandes
Fonte: arqrio