Quando desenvolvemos a capacidade de controlar os impulsos de temperamento e a nossa tendência à comodidade, dizemos que temos autodomínio ou temperança.
Os jovens que não podem ficar quietos numa cerimônia religiosa, ou os adolescentes que não podem estar senão em polvorosa em todas as circunstâncias, ou a timidez que nos impede de realizar o que devemos, ou ainda o pai impaciente porque está cansado e que não pode dialogar com os filhos e assim por diante, são exemplos de um comportamento sem autodomínio.Por falta de autodomínio também podemos cair numa preguiça que nos impede de realizar muitas coisas e não colaboramos com as relações sociais que poderiam se estabelecer não fosse a preguiça.
O valor do autodomínio nos amadurece porque nos exercita no senhorio de nós mesmos, nos libera do desânimo e das oscilações de humor dos quem vivem voluntariosamente e vamos aos poucos sendo capazes de, não importando as circunstâncias e as provações da vida, fazer o que efetivamente achamos certo. O autodomínio também nos torna mais discretos e nos ajuda a evitar a murmuração, a fofoca, e a crítica toda vez que encontramos algo diferente do nosso modo de pensar, atitude arrogante essa geralmente decorrente de instintos primitivos que não se dominam.
O autodomínio também nos ajuda a aproveitar melhor o tempo, a fazer mais pelo nosso desenvolvimento profissional e a ter mais cuidado com o que fazemos. Devemos analisar que situação nos “tiram do sério” e mudar nossas disposições de modo positivo.
Uma excelente maneira de exercitar o autodomínio é nessas comodidades e manias pessoais que acabam restringindo nosso modo de ser: comer uma guloseima no meio da manhã ou como compensação para aborrecimentos e tédios, perder tempo com atividades e desculpas para adiar o que tem que fazer, ficar na cama mais do que o devido por comodidade ou preguiça, etc. A qualidade do autodomínio nos faz reagir com serenidade na adversidade e de forma mais compreensiva e paciente na Vida em Sociedade.
Pontos Práticos
* Evitar o que nos faz perder tempo ou fugir de nossas obrigações.Ter horário para acordar, dormir, comer, fazer oração.
* Aprender a escutar.
* Procurar não chamar atenção por modos extravagantes ou chamativos.
* Procurar não se inteirar do que não lhe compete, fazer comentários imprudentes, e dar conselhos não solicitados.
* As pessoas desprezam muitas coisas boas para não ter que fazê-las.
* Afasta esses pensamentos inúteis que nunca vão acontecer como medos aflições, diálogos conosco mesmos porque são barreiras que erguemos à nossa frente. Se sobra tempo para ficarmos pensando em nós mesmos é porque estamos mergulhados em tibieza. Poderíamos estar fazendo algo útil.
* A prática do automínio é na vida cotidiana, na vida em sociedade e nos pequenos gestos. Se hoje já saiu de um proposito, torne a recomeçar e cumpra a próxima atividade sem adiamentos. A vida, os grandes ideais se realizam desdobrados em dias que por sua vez são desdobrados em pequenos minutos onde podemos corresponder às nossas obrigações, que equivalem ao que Deus quer, ou podemos nos desviar tantas vezes repetidas que vamos ser algo muito diferente do que projetamos. O autodomínio nos ajuda a manter na rota do bem que projetamos.
Formação 2011