Mestra em oração, Santa Teresa D´Ávila mostrava com sua vida que não são as palavras, as condenações que transformam a Igreja e a comunidade. “A Igreja se transforma não com palavras, mas com a santidade”, disse Frei Patrício Sciadini, sacerdote da OCD. Ele pregou na manhã deste sábado, 15, durante o Congresso de Espiritualidade Oração e Missão em Santa Teresa D’Ávila. O evento segue até o domingo, 16.
Frei Patrício destacou que a santa transformou primeiro a si mesma e só depois foi capaz de transformar os outros. Ela teve fé, confiou em Deus e se colocou a serviço da Igreja apesar de todas as dificuldades. “O amor nunca é ocioso. Quando se ama, tudo é fácil.”
Teresa passou por três conversões e nos ensina que é necessário vivê-las. A primeira foi na mente, quando a palavra do Evangelho passou a não ser mais distante, mas estar em sua cabeça e em seu coração. “Nessa conversão na mente vemos como mudou a maneira dela de pensar.” A partir da conversão no coração, Cristo não sai mais da sua cabeça. A terceira conversão em Teresa é a do corpo. “Quando a palavra entrou na tua cabeça, no teu coração, você a coloca em prática.”
Para viver esse chamado à santidade, é preciso confiar em Deus que nos perdoa. “Quem confia na misericórdia de Deus não pode ter medo dos seus pecados”, disse o sacerdote relembrando os ensinamentos da santa. Deus tem uma pedagogia especial para conosco. Ele nos chama até que possamos dar o nosso SIM definitivo. “Deus entra lentamente na nossa vida.”
Teresa D’Ávila, Catarina de Sena, Teresa de Jesus são algumas das doutoras da Igreja. “As mulheres vão salvar a evangelização. Elas têm a capacidade de falar ao coração enquanto nós homens falamos mais à cabeça.”
Ela foi um exemplo de evangelizadora porque sabia que o Evangelho entra pela porta do coração, do amor e não da mente. “O que hoje na Igreja verdadeiramente renova todo o anúncio e entusiasmo do Papa Francisco não são os discursos deles, mas a simpatia.”
Missão de Teresa
“Quero ver a Deus foi o lema que guiou a vida de Teresa”, relembra Frei Patrício. Ela fugiu de casa a primeira vez aos 7 anos porque queria ver a Deus e depois aos 20 anos porque queria ser monja. A santa sabia que o Senhor a chamava e ela desejava corresponder a esse amor.
“Quem pensa muito no que ganha ou no que perde não pode ser santo porque com Cristo sempre se perde”, disse frei Patrício. É próprio do amor declará-lo e receber declarações de amor. A preguiça é falta de amor, de acordo com o sacerdote. “Nós somos hoje um mundo de preguiçosos. A maior alegria que Deus pode dar a uma pessoa é saber que alguém por meio dela se salvou. “Não tem alegria maior.”
A santa também reformou o carmelo e instituiu a ordem masculina. A postura de Teresa em sua época foi de transformar a Igreja por dentro. “O mínimo que podemos fazer é viver com fidelidade os conselhos evangélico”, defendia. Ela também não escreveu livros por ela, mas para ajudar os outros.
Cada um de nós nasce em um momento em que Deus precisa de nós. Teresa foi importante para aquele século 1500. “Se depois de 500 anos todos os olhos da Igreja estão fixos nessa mulher, é porque ela foi grande. Ela abriu por completo o seu coração, o seu castelo interior. Deus entrou no coração dessa mulher e a transformou”, disse. Teresa também nos ensina a tratar as outras pessoas como semelhantes, como aqueles que trazem em si o amor de Deus.
Tereza Fernandes
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Prezados,
Gostaria de poder assistir o video do congresso, for incluido um link do youtube mas manda uma mensagem de erro. Por favor poderiam verificar o endereco? Obrigada, Shalom!! Gladys