Guilherme, Eduardo, Rogério e Grevão são muito mais do que apenas uma banda. Amigos de longa data, “família uns dos outros”, como eles mesmos se denominam. O coletivo que integra o Rosa de Saron já têm mais de 20 anos de carreira, totalizando 12 trabalhos já lançados, shows em todos os estados do país e muitas premiações. Que o Rosa é um sucesso de vendas de discos e de público, todo mundo sabe. O que talvez não esteja tão aparente é o lado humano de cada um de seus membros; aquele que aparece para além dos palcos e dos grandes eventos, o qual nossa reportagem teve a oportunidade de conhecer durante a entrevista que eles nos concederam, minutos antes do show.
Simplicidade, simpatia e gosto para bater um bom papo. Sem dúvida, essas são qualidades que podemos associar a cada um da banda. Grupo de influências musicais extremamente diversas, o Rosa preza pela qualidade e pelo caráter multifacetado de sua músicas, que atingem um público extremamente diversificado.
Católicos, não-católicos, pessoas que não professam nenhuma religião e até ateus: todos esses perfis podem ser encontrados entre os fãs do Rosa, e eles sabem bem disso: “(…) A nossa missão é muito peculiar e nós temos consciência disso; vemos isso nos shows, nas postagens da Internet… Fizemos uma pesquisa em nosso site há um tempo, e verificamos que 30% do nosso público é evangélico. Isso nos alegra, isso é muito bom”, pontuou Rogério Feltrin, baixista. Guilherme Sá complementou: “(…)Significa que estamos conseguindo reunir, promover essa unidade”.
Perguntados pelas influências musicais quanto à espiritualidade do grupo, o Rosa nos citou desde referências como Padre Zezinho, padre Jonas Abib (ainda nos inícios da Renovação Carismática) às músicas da Comunidade Shalom: “(…) Em termos de espiritualidade, de música para oração, nós ouvimos muita coisa da Comunidade Shalom. Foi sim uma grande influência pra nós nesse sentido”, contou-nos Guilherme. Ele recordou que logo no início, os momentos de oração no palco eram feitas com músicas da Comunidade Shalom.
O guitarrista Eduardo Faro, rememorou uma outra influência da Comunidade Shalom indireta na vida da banda, pois eles começaram a carreira, tocando num local chamado Barzinho de Jesus que foi montado por uma pessoa que conheceu a proposta da Lanchonete Shalom em Fortaleza e adequou para realidade de Campinas, São Paulo.
Para o Rosa, o ano de 2013 foi muito positivo, principalmente pela experiência deles em relação à Jornada Mundial da Juventude: “(…) Já na pré-jornada, a gente pôde perceber o quanto a Igreja é grande; gente de todos os lugares do mundo, artistas católicos de outros países também, que a gente teve a oportunidade de conhecer e ver o quanto a Igreja é diversa nas suas expressões, na cultura de cada lugar. Isso é bom demais; a experiência da Jornada foi muito marcante para nós e nos fez entender ainda mais a nossa missão”, falou Guilherme.
Estar em Natal mais uma vez é “um prazer” para a banda, conforme afirmaram todos os quatro. “O público aqui é caloroso; canta junto, vibra junto, se emociona com a gente. E quando a gente tem uma sintonia assim, é o melhor que se pode esperar. Estar no Halleluya de Natal é com certeza um prazer para nós”, enfatizou Eduardo Faro. E nós esperamos que esse prazer mútuo se repita em 2014, em mais uma edição do Festival Halleluya em Natal.
Emily Araújo e Luiz Eduardo Andrade