Em 2016, no dia 9 de março tive o primeiro sintoma daquilo que virou um pesadelo o ano inteiro: febre, manchas no corpo e um mal estar. No auge da zika e chikungunya fui “tratada” como paciente de uma dessas arboviroses durante quase todo ano. Foi um ano difícil, era uma semana de melhoras para três de muita prostração, perda de movimentos e muito sofrimento.
Viver sem a perspectiva de cura é algo aterrorizante. A ameaça de ficar travada para sempre paralisa mais a cabeça do que as pernas e os braços. O medo é paralisante. Ao final do ano é que fui descobrir que o que me acometeu foi um outro tipo de vírus. Com o diagnóstico correto veio o tratamento e a remissão da A.R. (adquirida como consequência do vírus). O que mais aprendi com tudo isso foi que a vida é mesmo só um soprinho…
Que os amigos de verdade são aqueles que seguram tua mão nesses momentos, que família faz todo sentido nessas horas e o mais importante: foi essa doença que me curou! Me curou da falta de fé e esperança em Cristo. Foi por causa dessa doença que senti vontade de rezar um terço depois de anos, e pensei que não poderia rezar porque nem um terço eu tinha em casa…
E foi nessa hora que olhei para o lado e vi um terço pendurado no pescoço da minha imagem do padre Cícero. O terço não se “materializou” lá sozinho, rs… Foi deixado por aquela que para mim é a única santa aqui da terra: minha mãe. Deixou lá e não falou nada. Mas Deus certamente tocou o coração dela em deixar, pois sabia que aquilo seria algo que ia transformar minha vida.
Devo ainda a São José, pois ele foi o pai de Jesus aqui na terra, que soube aceitar os desígnios de Deus mesmo sabendo tudo o que passaria. Ele assim como nós, conta a história, pensou em desistir. Mas após a visita do anjo soube compreender e aceitar aquela situação que era tão difícil.
Que seu exemplo seja verdadeiro para nossos problemas cotidianos, onde por muito menos pensamos e desistimos facilmente de qualquer coisa. Que saibamos amar a Deus como ele amou, amar a nossa família como ele amou Maria e Jesus. Outro exemplo que São José nos deixou foi o amor ao trabalho. Mesmo com tantas dificuldades ele foi firme em seu ofício e garantia o sustento de sua família. Quando nós por muitas vezes fechamos nossas próprias portas de trabalho por razões torpes.
São José, cuida da minha família, da minha casa, do meu trabalho e da minha vida.
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Luciana Fujino
Testemunho, texto e fotos