Estava com saudades do meu ‘Abba Pai’

Eu sabia que ia chorar, mas não sabia que tinha tanta lágrima assim… Também não sabia que ficaria tão leve depois de expelir aquela enxurrada interior, que não faço ideia de como consegui guardar por tanto tempo.

Estava com saudades do meu ‘Abba Pai’, da nossa amizade. Senti por algum instante que Ele também sentiu minha falta, e que no fim da história eu, na minha fraqueza, egoísmo e miséria, fui a má amiga, e que Ele, na Sua infinita misericórdia, foi aquele que nunca me abandonou, mesmo quando eu merecia ser deixada pra lá.

Foi um misto de paz, alegria, alívio, perdão, abraço e arrependimento, em uma sensação que eu sei que um dia fui íntima e que me deu medo ao sentir de novo, não pela sensação, mas pela raiva que senti de mim mesma por não perseverar naquela paz… A minha eterna gratidão àquela adoração, momento lindo de reencontro com Deus, ao ministério de teatro do Shalom que usou da arte pra jogar a minha podre e pobre realidade na cara(e me fez chorar horrores),à melhor banda do mundo que é um fio que eu tenho com o sagrado e me fez estar ali naquele lugar, para até então só ouvi-los, mas me fez querer voltar pra casa, a casa que me é eterna.

Obrigada, Banda Rosa de Saron (e obrigada ao Guilherme pelo presentinho… Não deu pra pegar a palheta dessa vez, mas deu pra pegar a garrafa de água que você estava tomando e jogou pra galera e veio parar bem na minha testa – risos – Vou guardar carinhosamente como lembrança).“No dia 22.11.2014, a fera que vivia em mim, morreu. Mas talvez não existisse fera, talvez fosse só um coração ferido por não buscar a santidade.” (Texto adaptado – Ministério de teatro Shalom)“Nunca esqueça o que eu vou te dizer: Quando você estiver no abismo, querendo desistir, se lembre que tudo o tem a fazer é tentar dar mas um passo. Você entra com o pé, Deus entra com o chão” (SÁ, Guilherme de)

Maria Luiza Feitosa

Testemunho sobre o Festival Halleluya de Mossoró (RN), realizado em novembro de 2014.